Panificadoras concertam a baixa do preço do pão
O presidente da Cooperativa Agro-industrial de Panificação e Pastelaria do Uíge (CAIPPUE), Jofre Fernandes, anunciou, ontem, uma concertação entre os associados para reduzir o preço do pão, sobretudo na capital da província, com uma concentração populacional de mais de 500 mil habitantes.
“A redução dos preços da matéria-prima vai permitir baixar, consideravelmente, o preço do pão no Uíge”, disse Jofre Fernandes à estação da Rádio Nacional de Angola no Uíge, declarando o “empenho” dos panificadores nesse processo, projectado para proteger a população no consumo do mais essencial dos bens da cesta básica.
Jofre Fernandes disse que a província recebe 500 toneladas de farinha de trigo por mês, mas, devido aos custos inerentes à produção, o pão é comercializado ao preço de 50 (unidade de 50 gramas), 100, 200 e 250 kwanzas, respectivamente. Custando caro ao bolso dos consumidores.
Além da redução do pão, o presidente da Cooperativa de Panificação e Pastelarias, garante uma maior qualidade e tamanho do pão. A CAIPPUE é constituída por três mil associados, integrados em 36 unidades panificadoras e 15 pastelarias, bem como por agentes económicos que se dedicam à distribuição da farinha de trigo e de pão em zonas afastadas dos centros urbanos.
“Ainda enfrentamos muitas dificuldades no nosso funcionamento, desde o estado obsoleto dos equipamentos, como fornos, à necessidade da reabilitação das instalações e a falta de quadros capazes para assegurar a actividade das unidades industriais e produzir pão de melhor qualidade”, referiu.
Negócios no café
A CAIPPUE, além de estar vocacionada apara a coordenação, fiscalização e monitoria da indústria panificadora, tem integrantes a emergirem o mercado de compra e revenda do café, banana e outros produtos que, além de abundantes no Uíge, são de difícil escoamento.
Joffre Fernandes disse que, em Outubro, a associação organizou a Feira do Café 2021, com um volume de negócios de oito milhões de kwanzas, obtidos com a negociação de 12 mil toneladas. Nesta altura, ainda existem 90 toneladas do grão prontas para comercializar.
O presidente da CAIPPUE lamenta o facto de haver falta de sensibilidade da banca para apoiar os integrantes da associação, revelando que, durante o primeiro trimestre deste ano, apenas seis associados beneficiaram de um montante global de dois milhões de kwanzas dos bancos Sol, Atlântico e BAI, valores insignificantes para o relançamento da cultura do café e a redução do preço do pão.