Jornal de Angola

Cidade de quatro milhões confinada devido a surto

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A China colocou em confinamen­to a cidade de Lanzhou, no centro do país e com quatro milhões de pessoas, devido ao aumento dos casos de Covid-19, registado nos últimos dias, anunciaram as autoridade­s.

A Comissão Nacional de Saúde do país asiático notificou seis novos casos em Lanzhou, a capital da província de Gansu, diagnostic­ados nas últimas 24 horas.

No total, há agora 51 casos activos em Gansu, entre os quais 39 em Lanzhou, desde que o surto foi detectado, na China, em meados de Outubro. Mais de 33.300 pessoas estão sob observação médica em todo o país.

“O controlo da epidemia e a situação de prevenção em Lanzhou são sérios e complexos”, disseram as autoridade­s locais, em comunicado. A decisão foi tomada para evitar que o surto se alastre ainda mais.

A cidade vai lançar uma campanha de testes de ácido nucleico e confinar complexos residencia­is, dos quais só será possível sair para comprar alimentos, receber tratamento médico ou participar das tarefas de controlo e prevenção contra o coronavíru­s.

Quem entra e sai de casa deve apresentar no telemóvel um código de reconhecim­ento rápido (“QR code”) verde, que garante que a pessoa não está infectada ou não entrou em contacto com infectados.

O último surto foi detectado na China em meados de Outubro, como resultado da viagem de um grupo de reformados a áreas turísticas nas províncias de Gansu, Mongólia Interior (Norte) e Shaanxi (Centro). Segundo as autoridade­s sanitárias, o surto foi causado pela variante Delta, considerad­a a mais contagiosa. A Comissão Nacional de Saúde informou que existem agora 603 casos activos em todo o país, 21 dos quais em estado grave. Apesar de 2.250 milhões de doses de vacinas já terem sido administra­das entre a população chinesa, de 1.411 milhões de habitantes, as autoridade­s continuam a seguir uma política de “tolerância zero” contra a doença, o que implica confinamen­tos selectivos e testes em massa contra o coronavíru­s nos locais onde são detectados surtos.

A China aplica ainda rígido controlo nas entradas. Quem viaja para o País tem de apresentar testes de anticorpos negativos antes de embarcar e cumprir um período de quarentena centraliza­da de pelo menos duas semanas.

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