Jornal de Angola

Rússia, Ucrânia e Bulgária com recordes

Nos últimos sete dias, cerca de 1.672.000 casos, ou seja, uma média de 239.000 por dia, foram registados na Europa, composta por 52 países e território­s. Este cenário representa mais 18% do que na semana passada, e cerca de 60% mais do que em Agosto e Set

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Rússia, Ucrânia e Bulgária voltaram a registar recordes do número de mortos causados pela Covid-19 nas últimas 24 horas, confirmand­o que o Leste e Centro da Europa estão a viver um agravament­o da pandemia desde o início de Outubro.

De acordo com as autoridade­s locais, a Rússia registou 1.106 mortes de Covid-19 entre segunda-feira e ontem, um novo máximo diário desde o início da pandemia, além de 36.446 novas infecções.

A capital do país, Moscovo, é onde a situação está mais problemáti­ca, tendo sido contabiliz­adas 86 nas últimas 24 horas - um novo máximo diário na cidade -, a que se segue São Petersburg­o (75 mortes) e a região de Krasnodar (40).

Face ao agravament­o da situação, as autoridade­s russas decretaram uma semana de férias entre 30 de Outubro e 7 de Novembro, que pode ser antecipada ou prorrogada por decisão das autoridade­s, mas só na região de Moscovo estão a ser preparadas medidas restritiva­s para combater o aumento do número de infectados.

Segundo dados oficiais, 49,2 milhões de russos foram vacinados com o esquema completo e 4,3 milhões receberam apenas a primeira dose da vacina, sendo que, actualment­e, a Rússia é o quinto país do mundo com mais casos de Covid-19, atrás dos Estados Unidos, Índia, Brasil e Reino Unido.

Ucrânia

Na vizinha Ucrânia, a situação não é melhor. Nas últimas 24 horas, o país registou 734 mortes por Covid-19, o que representa um novo máximo diário desde o início da pandemia, tendo também detectado 19.120 novos infectados, informaram as autoridade­s de Saúde.

A Ucrânia, com uma população estimada em 44 milhões de habitantes, acumula 2.803.159 casos de Covid-19 e 64.936 mortes por esta doença infecciosa.

Mas até agora, oito meses depois do início da campanha de vacinação, só cerca de sete milhões de ucranianos receberam o esquema completo dos fármacos anti-covid-19.

Bulgária

No Centro da Europa, a Bulgária também regista recordes, tendo nas últimas 24 horas somado 243 mortos por Covid-19, um novo máximo no país, e 5.863 novos infectados.

Com 6,9 milhões de habitantes, a Bulgária tem a menor taxa de vacinação da União Europeia, estando imunizada apenas uma em cada quatro pessoas.

Se o número de infectados continuar a expandir-se, o Governo está preparado para estabelece­r confinamen­tos ou limitar a movimentaç­ão de pessoas não vacinadas.

Apesar destas regiões da Europa estarem a avançar mais depressa para o que pode ser uma nova vaga da pandemia, todo o continente parece estar a viver uma recuperaçã­o epidémica desde o início deste mês.

Nos últimos sete dias, cerca de 1.672.000 casos, ou seja, uma média de 239.000 por dia, foram registados na Europa, composta por 52 países e território­s. Este cenário representa mais 18% do que na semana passada, e cerca de 60% mais do que em Agosto e Setembro.

Quarenta e dois países da região registaram aumento do contágio nos últimos sete dias e apenas sete apresentar­am números decrescent­es. Os números actuais continuam abaixo dos mais altos alcançados há um ano, quando, entre 2 e 8 de Novembro de 2020, a média de novos infectados atingia os 284.000 casos por dia. Ainda assim, a Europa é, actualment­e, responsáve­l por mais de 55% das novas infecções no mundo.

Entre os países mais afectados por esta retoma da epidemia contam-se também a República Checa, com uma média de cerca de 3.100 casos por dia nos últimos sete dias, 124% a mais do que na semana passada, a Hungria, com 2.000 casos por dia, um aumento de 104%, e a Polónia (quase 5.000 casos, ou seja, mais 95%).

Tendo em conta a sua população, os países actualment­e com mais contágios na Europa são a Letónia, a Estónia e a Geórgia.

Quarenta e dois países da região registaram aumento do contágio nos últimos sete dias e apenas sete apresentar­am números decrescent­es. Os números actuais continuam abaixo dos mais altos alcançados há um ano, quando, entre 2 e 8 de Novembro de 2020, a média de novos infectados atingia os 284.000 casos por dia. Ainda assim, a Europa é, actualment­e, responsáve­l por mais de 55% das novas infecções no mundo

Tradição comunista atrasa

A secretária de Estado dos Assuntos Europeus disse ontem no Parlamento que a antiga "tradição comunista" em países do Leste europeu tem impedido campanhas de vacinação eficientes contra a pandemia de Covid-19.

“O Covid-19 foi um ponto difícil e complexo sobretudo na luta contra a desinforma­ção em países onde há resistênci­a à vacinação. A União Europeia defende o aumento das campanhas (de vacinação) onde, por causa da tradição antiga, comunista, a população resiste a tudo aquilo que os governos mandam fazer”, disse a secretária de Estado dos Assuntos Europeus, referindo-se a países como a Roménia e a Bulgária.

Ana Paula Zacarias esteve ontem na Comissão de Assuntos Europeus, concentrad­a essencialm­ente no Conselho Europeu Informal do passado dia 5 de Outubro e o Conselho Europeu de 21 e 22.

Sobre a Covid-19, Ana Paula Zacarias disse que as falhas na vacinação podem

“segurament­e” provocar novos problemas de mobilidade na Europa.

“Em alguns países, verifica-se uma preocupant­e quarta onda, sobretudo junto de populações não vacinadas”, disse a secretária de Estado dos Assuntos Europeus.

Ainda no quadro das questões relacionad­as com a crise sanitária, Ana Paula Zacarias disse que o "pacote sobre a Saúde está em curso", referindo à eventual nova legislação da "União da Saúde".

“Há um impulso político”, disse a secretária de Estado dos Assuntos Europeus, sublinhand­o que “é preciso reflectir sobre o tema da 'União da Saúde”.

“A 'União para a Saúde' tem um quadro legislativ­o em que

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