Estudantes da UPRA fazem manifestação
Os estudantes da Universidade Privada de Angola (UPRA) recusam-se a frequentar as aulas previstas para o próximo dia 29 de Novembro caso a direcção da instituição persista em manter a subida de 25 por cento sobre as propinas, revelou ontem, ao Jornal de Angola o representante da comunidade académica na instituição, Artur Airosa.
O dirigente assegurou que, enquanto o Decreto que aumenta as propinas na UPRA não for abolido, os estudantes vão fazer vigília à entrada da instituição.
Artur Airosa exemplificou que a propina mensal do curso de Medicina é, neste momento, de 63 mil kwanzas contra os 50 anteriormente. De acordo com o porta-voz dos estudantes, de 2017 a 2021, as propinas subiram numa margem de 45 por cento, o que não se admite.
Artur Airosa revelou que estão diante de uma situação muito grave, na medida em que a UPRA voltou a aumentar o preço das propinas e emolumentos pela quarta vez consecutiva.
"Nós recebemos o édito da Universidade no dia 18. E nós achamos que não se deveria fazer a subida dos 25 por cento estabelecido por lei, pelo Ministério das Finanças e pelo Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação.
Assim, segundo o representante dos estudantes, solicitam à Universidade que flexibilize as suas posições a fim de anular o referido despacho que aumenta as propinas para 25 por cento.
A Universidade Privada de Angola (UPRA) alberga três faculdades, nomeadamente a de Engenharia, a Faculdade de Ciências Humanas e Políticas e a mais afectada pelas propinas elevadas a Faculdade de Saúde.
Avisa que não haverá matrículas se as propinas não baixarem.