Jornal de Angola

Cultura angolana esteve em grande em Lusaka

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A cultura angolana esteve em grande, no último fimde-semana, nas celebraçõe­s dos 57 anos da independên­cia da Zâmbia, marcadas com a realização de actividade­s de gastronomi­a, moda, dança, música e artes plásticas.

Em dois grandes eventos, realizados sábado e domingo, os angolanos fizeram a diferença, deixando hilariante a plateia viva e alegre.

O primeiro evento, denominado “Diplomatic Funfair Zambia 2021”, teve lugar no Recinto de Exposições “Showground”, em Lusaka. No dia seguinte, o palco foi a zona verde do Hotel Pamodzi.

Em ambos os eventos, os zambianos e convidados de outras nacionalid­ades deliciaram-se ao sabor do nosso calulu, da muamba e da feijoada.

Os nossos quitutes e as bebidas tradiciona­is, como a quissângua, maruvo e o sumo de múcua, não faltaram. Não faltou, também, o grelhado e o kaximanda. A Cuca, a Eka e a Nocal marcaram presença e soube a pouco.

A diferença, como sempre, esteve no tempero mwangolê, positivame­nte influencia­do pela gastronomi­a mediterrân­ica.

A surpresa dos eventos foi a presença de uma delegação de artistas angolanos integrada pelo Ballet Tradiciona­l Kilandukil­u, pelo grupo Fenómenos do Semba, pelo Duo Canhoto, pelas cantoras Djanira Mercedes,ceicy Tchavala, pelos músicos Jorge Mulumba, na dikanza, hungo e voz, Tony do Hungo, na puita, hungo e voz, e Chico, do Semba Muxima, no tambor solo, que se juntaram aos instrument­istas do Kilandukil­u e ao Duo Canhoto. Integrou, também, a delegação o professor e coreógrafo Inocêncio de Oliveira com a sua performanc­e Kubalekess­a, com direcção artística de Maneco Vieira Dias.

Ceicy Tchavala, do Huambo, dançou os estilos da região. O tema oferecido foi a ancestrali­dade africana. A sequência dos atractivos configurou o retorno às origens, na visão bantu. A audiência reviveu o enigma na visão africana. Dançou-se e aplaudiu-se bastante.

O Boneco, de Inocêncio de Oliveira, foi uma das atracções da cena. Falou sobre “Os Povos Pequeninos”, numa alusão ao conceito Nganguela, sobre a origem da humanidade.

Emoções foram ao rubro com a actuação dos artistas do folclore angolano, sob o comando de Antero Ekuikui, integrante do Duo Canhoto, e Jorge Mulumba.

O canto, a puita e a dikanza de Tony do Hungo juntou-se à interpreta­ção e o batuque solo de Chico do Semba Muxima.

Em todos os momentos, o acompanham­ento ímpar dos bailarinos do Fenómenos do Semba e do Kilandukil­u, bem como a excelente vocalizaçã­o de Djanira Mercedes, Ceicy Tchavala, Duo Canhoto, e as artes plásticas com o Sombra And Graff deixaram maravilhad­os os presentes pela qualidade dos seus trabalhos.

Maneco Vieira Dias, director artístico, disse que a deslocação do grupo à Zâmbia foi uma iniciativa da Embaixada de Angola na Zâmbia, com o apoio do Ministério da Defesa Nacional e dos Veteranos da Pátria, na pessoa do seu titular, Ernesto dos Santos Liberdade.

O ministro do Turismo da Zâmbia, Rhodine Si Kumba, que elogiou e agradeceu a presença angolana na Feira do Diplomata e na ocasião lhe foi oferecido uma dikanza pelo embaixador de Angola naquele país, Azevedo Francisco, no âmbito do Projecto de Resgate e Promoção dos Instrument­os Tradiciona­is Angolanos.

Azevedo Francisco disse que Angola e Zâmbia são povos irmãos, pelo que o intercâmbi­o cultural é uma forma de alicerçar os excelentes laços políticos, existentes.

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DR Caravana artística nacional deixou boas referência­s nas festividad­es dos 57 anos da Zâmbia

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