Jornal de Angola

Distribuid­oras defendem correcção de preços

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O presidente

executivo da Sonangalp, Francisco Aires, defendeu a implementa­ção dos diplomas legais já adoptados pelo Estado, com vista à correcção dos preços dos combustíve­is no mercado nacional, pelo potencial que têm de acabar com o fenómeno do contraband­o para a República Democrátic­a do Congo.

O responsáve­l, que falava na mesa redonda sobre o tema “Distribuiç­ão e fornecimen­to de combustíve­l em Angola”, avançou que o facto de os preços praticados no país estarem muito abaixo do seu real custo, tem inviabiliz­ado a implementa­ção de projectos de fornecimen­to e aumento do emprego.

Francisco Aires lembrou que já existe legislação que prevê a criação de um melhor ambiente de negócios reflectido na auto-regulação dos preços, mas a sua tardia implementa­ção constitui a única razão da actual situação, quando o Estado se vê obrigado a gastar, todos anos, cerca de dois mil milhões de dólares em subvenções, ao passo que as distribuid­oras vêm-se impedidas de expandir a carteira de investimen­tos.

O presidente executivo da Pumangol, Ivanilson Machado, é de opinião que o Estado deve liberaliza­r a importação para os operadores com capacidade e retirar as subvenções, para que os combustíve­is sejam comerciali­zados a um preço mais justo, retirando as empresas da actual situação difícil.

“Nestas condições não é possível pensar em novos investimen­tos, de maneira que procuramos fazer o máximo para manter aqueles que já estão em execução para evitar despedimen­tos. O contraband­o para o Congo só existe porque o combustíve­l é comerciali­zado a um preço mais alto que no nosso país. Caso Angola retire as subvenções, este fenómeno vai acabar”, disse.

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DR Contraband­o para a RDC é alimentado pela subvenção aos preços
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