CASA-CE defende eficácia das políticas públicas
O líder da Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE) apelou ontem, em Luanda, ao Executivo para promover políticas públicas, que satisfaçam as principais necessidades da maioria dos cidadãos.
Manuel Fernandes, que discursava na abertura do Conselho Consultivo da Coligação, anunciou, para breve, a realização de um amplo debate público em torno do programa de governo da CASA-CE, como forma de garantir maior participação no mesmo, dos vários actores da sociedade.
"Não existe programa de governo melhor do que aquele que emana da conjugação de reflexões, das mais variadas sensibilidades assentes na ciência, cidadania, patriotismo e no primado da Lei e da Constituição", afirmou Manuel Fernandes, para quem no actual cenário político angolano continua a pairar um clima de tensão política, intolerância, cultura de bajulação e fundamentalismo transmitido pelos mais velhos à nova geração.
O político defendeu, por isso, combate cerrado à corrupção, intolerância e insultos, acrescentando que a CASACE vai continuar a defender a paz, liberdade, democracia, e reconciliação entre todos os angolanos.
Em relação às eleições gerais agendadas para 2022, o político pediu que as mesmas decorram num clima de paz e sejam as "mais credíveis possíveis". Salientou o desejo da coligação de, a partir do próximo ano, tornar-se Governo para realizar o "verdadeiro" sonho dos angolanos.
Para o político, as eleições autárquicas continuam "uma miragem", enquanto as gerais "decorrerão sob égide de uma lei eleitoral crítica".
Para a coligação surpreender de forma positiva o país e o mundo nas próximas eleições gerais, o líder partidário defendeu a promoção da formação política intensiva, gestão dos quadros e dos recursos financeiros, bem como a expansão das estruturas partidárias dos municípios para as comunas, bairros e aldeias.
"Nesta fase não deve haver acções contrárias aos princípios, objectivos e programas traçados superiormente", pediu o responsável político aos mais de cem militantes presentes no encontro, que avaliou, entre outros assuntos, a realidade política, económica, social, cultural e desportiva do país.