Escola Portuguesa de Cabo Verde sem aulas presenciais
A Escola Portuguesa de Cabo Verde, na Praia, vai encerrar a actividade presencial durante dez dias, a partir de segunda-feira, depois de 24 alunos, entre 885, terem testado positivo para a Covid-19, desde 23 de Novembro.
Em declarações esta noite à Lusa, a directora da Escola Portuguesa de Cabo Verde - Centro de Ensino e Língua Portuguesa (EPCV-CELP), Suzana Simões Maximiano, confirmou que a decisão foi tomada pela Delegacia de Saúde da Praia, numa altura em que, preventivamente, os alunos do segundo ciclo ao secundário já estavam a ter aulas na modalidade de ensino à distância, alargandose agora ao pré-escolar e primeiro ciclo.
"É uma medida preventiva, a aplicar a partir de segundafeira. Por decisão da Delegacia de Saúde, a EPCV-CELP encontra-se encerrada por dez dias, como forma de controlar a propagação da Covid19", explicou.
Os primeiros dois casos foram detectados numa turma do sétimo ano da EPCV-CELP em 23 de Novembro, seguindo-se outras confirmações de Covid-19, mas todos os casos em alunos assintomáticos, disse ainda a responsável.
"Dos testes realizados na escola, recebemos hoje informação de que temos mais oito casos de alunos positivos, em resultado dos testes realizados nos dias 2 e 3 de Dezembro, o que perfaz um total de 24 casos positivos, em 885 alunos. Até à presente data, não existem docentes nem funcionários com teste positivo à Covid-19", esclareceu Suzana Simões Maximiano.
Os alunos do pré-escolar e do primeiro ciclo da escola foram, ontem, testados à Covid-19 pelas autoridades de Saúde cabo-verdianas, aguardando-se o resultado desses testes.
"O que todos pretendemos é evitar um surto de Covid19 e proteger toda a comunidade escolar. Esperamos que esta pandemia termine rápido, os nossos alunos precisam de aulas presenciais e do convívio que a escola lhes proporciona", sublinhou a directora, garantindo igualmente que neste processo foram seguidas todas as regras definidas pelas autoridades de Saúde.
A Escola Portuguesa de Cabo Verde é suportada pelo Orçamento do Estado português e funciona no âmbito de um acordo bilateral de cooperação com Cabo Verde, sendo frequentada por alunos portugueses e caboverdianos, além de outras nacionalidades.