Vias de acesso a comunas beneficiam de reabilitação
Objectivo é facilitar as trocas comerciais e o escoamento dos bens do campo
Mais de 600 quilómetros de estradas que dão acesso a comunas dos municípios do Huambo foram reabilitados durante os últimos dois anos, no âmbito dos programas Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) e de Combate à Pobreza, disse, ontem, ao Jornal de Angola, o director do Gabinete Provincial de Infra-estruturas e Serviços Técnicos.
Francisco Neto acrescentou que foram, também, terraplanados, no presente ano, mais de 450 quilómetros de estradas secundárias e terciárias, em municípios da província, bem como estancada a progressão de cinco ravinas, que ameaçavam destruir alguns edifícios da Centralidade do Lossambo.
Segundo Francisco Neto, apesar de existirem, ainda, muitos problemas nas comunidades, as infra-estruturas rodoviárias constam entre as prioridades, porque, sem estradas, não há circulação de pessoas e bens.
Acrescentou que, para facilitar o trabalho de requalificação das vias de acesso, o Huambo conta com três kits de terraplanagem, adquiridos através do Ministério das Obras Públicas e Ordenamento do Território.
Os trabalhos, referiu, abrangeram, igualmente, mais de 200 quilómetros de estradas de alguns bairros periféricos da cidade do Huambo, que beneficiaram de asfalto.
Francisco Neto deu a conhecer que estão a ser construídas duas pontes, uma que dá acesso ao maior mercado da Quissala vulgo “Alemanha”, de 40 metros de comprimento e 14 de largura, e outra sobre o rio Calopato, com 30 metros de comprimento e nove de largura, nos arredores da cidade do Huambo.
Está prevista a construção de mais duas pontes, uma sobre o rio Cunene, que foi arrastada pela água das chuvas nos últimos anos, e outra sobre o rio Cutato, destruída no período de guerra, para facilitar a ligação entre o município do Mungo e a vizinha província do Bié.
O director do Gabinete Provincial de Infra-estruturas e Serviços Técnicos considerou preocupante o crescimento desordenado de bairros da cidade do Huambo e aconselhou a população no sentido de evitar construir em locais impróprios.
Energia e água
A população da cidade do Huambo e do município da Caála, que anteriormente dependia de geradores, actualmente beneficia de corrente eléctrica da barragem de Laúca, segundo Francisco Neto.
“Devido aos esforços do Governo Provincial e do Executivo, a cidade do Huambo tem disponíveis 192 megawatts, mas apenas 55 são consumidos, e controla 82.902 clientes, dos quais mais de 40 mil no sistema pré-pago”, sublinhou, acrescentando que são necessários perto de 200 postos de transformação, para mitigar o problema de energia eléctrica domiciliar e pública nos bairros da cidade e em vários municípios.
Garantiu que as autoridades envidam esforços para que a energia eléctrica da barragem de Laúca chegue a outras localidades
Numa outra vertente deu a conhecer que bairros periféricos do Huambo vão beneficiar, em breve, de água canalizada, com a montagem de contadores das 21 mil ligações domiciliares.
Neste momento, mais de 40 mil clientes já beneficiam de água potável, abastecida pelos sistemas de captação do rio Kulimahãla e Kunhoñgama, que veio reforçar e alargar a capacidade da rede de distribuição e abastecimento.
O arquitecto Francisco Neto assegurou que, em termos de cobertura de água potável, o casco urbano está bem servido, faltando apenas bairros periféricos, onde decorrem trabalhos de montagem de contadores e torneiras e expansão da rede de distribuição, com realce para o Sassonde I e II, Fátima, Santo António, Chiva, Calilongue e Vila Graça da Cuca.
O director do Gabinete de Infra-estruturas e Serviços Técnicos do Huambo lamentou o facto de certos bens públicos, como bombas de água, painéis solares, cabos eléctricos, escolas e postos de saúde serem vandalizados, o que tem vindo a prejudicar as comunidades e os esforços do Executivo.