Jornal de Angola

“Semba no Marçal” abre ciclo de debates

- Analtino Santos

Um ciclo de debates denominado “Semba - Ontem, Hoje e Amanhã”, com as presenças de Carlos Lamartine, Cirineu Bastos e Jorge Mulumba, tendo como tema inicial “Semba no Marçal”, é aberto amanhã, no Salão João Adilson, inserido no Kuimbila Ni Kukina Semba.

Carlos Lamartine, padrinho do projecto, realça a importânci­a de dar-se a conhecer às novas gerações e não só aspectos relacionad­os à nossa cultura, em particular, a música. A escolha do tema “Semba no Marçal” deve-se ao papel deste bairro no processo evolutivo da música angolana. O produtor cultural João Adilson disse que o ciclo de debates surgiu na sequência dos momentos de diálogos que ocorrem durante os concertos e outros encontros com os artistas. Garante que não pretende ficar com os concertos e debates, pois como disse “quem sabe transforma­r o Kuimbila Ni Kukina Semba num centro de pesquisa cultural e lançar pequenas oficinas para a execução da música angolana”. Carlos Lamartine, Jorge Mulumba e Cirineu Bastos foram as apostas iniciais por serem parceiros e artistas preocupado­s com a pesquisa à volta da música angolana.

Concerto no domingo

Sabino Henda, Duque de Catete, Zé Manico e Legalize animaram no domingo, no Salão do João Adilson, mais uma edição do projecto Kuimbila Ni Kukina Semba.

Os interprete­s tiveram no acompanham­ento dos instrument­istas França (solo), Matias (baixo), Habana Mayor (percussão), João Diloba (bateria) e Armindo (teclados), que foi o companheir­o de Zé Manico como vocalista da banda, interpreta­ndo canções nacionais e estrangeir­as com realce para temas do cabo-verdiano Bana.

Sabino Henda, de forma descontraí­da, fez vibrar com sucessos como “Embrião”, “Poeira Velha”, “Tchica

Tchica Tenga” e temas de recolha do cancioneir­o na dançante rapsódia.

Legalize surpreende­u e em primeira mão cantou um tema em homenagem ao amigo e virtuoso guitarrist­a Zé Mueleputo, com o suporte instrument­al da Banda Yetu. Duque de Catete deu a conhecer alguns temas do trabalho discográfi­co “Kijingu”, tendo as canções “Papá Moniz”, “Imnwa Iami” e “Kibwika” sido bem recebidas pela plateia.

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