Jornal de Angola

Bis de Azulão devolve a liderança ao Petro

Avançado brasileiro foi a figura da vitória dos tricolores no duelo frente ao Sporting de Cabinda

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Paulo Caculo

Um bis de Tiago Azulão, rubricado aos 54 e 78 minutos, respectiva­mente, permitiu ao Petro de Luanda derrotar, ontem, o Sporting de Cabinda, por 2-0, no Estádio 11 de Novembro. A vitória devolve a liderança isolada aos tricolores, agora com 29 pontos, mais três que o Sagrada Esperança, na segunda posição.

Basta dizer que tricolores e verde-e-brancos protagoniz­aram um bom jogo de futebol, onde contribuiu para a qualidade do espectácul­o, a postura ofensiva adoptada por ambos os conjuntos durante quase toda a partida.

Se, por um lado, não admirou que fosse pertencer ao Petro a iniciativa de ataque e o maior volume de posse de bola, por outro, foi com alguma surpresa que se assistiu a uma formação do Sporting a jogar de peito aberto, sem complexos, a tentar equilibrar a partida e a impor a divisão das ocasiões de golo.

O facto é que, durante quase toda a primeira parte, os tricolores estiveram sujeitos a períodos de grande dificuldad­es para visarem a baliza contrária. Apesar de criarem mais oportunida­des para marcar, revelavam-se incapazes de descobrir o caminho do golo.

Mas, também, está enganado quem pensa que o Sporting limitou-se a assistir o adversário a jogar. Muito pelo contrário. Mesmo a viver uma crise de salários, os pupilos do técnico Manuel foram profission­ais na forma como abordaram o jogo. Como prova disso, Kadima, aos 8 minutos, e Choma, aos 19’, estiveram próximos de marcar.

No sector defensivo do Sporting, o guarda-redes Kidiama teve uma tarde de imenso trabalho. Job, Jaredi e Yano criaram inúmeros calafrios à defensiva do Sporting.

Aos 25 minutos, na mais clara ocasião de golo criada na primeira parte, Job viu o travessão devolver-lhe a bola, após um remate forte, de pé esquerdo, depois de passar por Bolax e Hanilton.

Segunda parte

A segunda parte foi muito mais emotiva, com as duas equipas a discutirem a posse de bola e a dividirem as ocasiões de golo. Aos 54 minutos, o Sporting sofreu um forte revés, após pénalti assinalado de uma falta sobre Tiago Azulão e cobrado com perfeição pelo mesmo.

A perder, os "leões" de Cabinda tiveram boa reacção.

Foram atrás do golo da igualdade, mas faltava-lhes quase sempre arte e engenho para finalizare­m com êxito as jogadas.

O Petro, enquanto isso, aproveitav­a para explorar o seu melhor futebol pelo flanco direito, a aproveitar a rapidez de Jaredi (fez um cabeceamen­to, aos 68 minutos, ao poste), melhor que os laterais adversário­s. Incapaz de descobrir caminhos de acesso à área do guarda-redes Augusto Mualucano, o contra-ataque era a “arma” utilizada pelo Sporting para conseguir chegar à baliza contrária.

O conjunto de Cabinda arriscou tudo na procura de igualar o resultado, mas, pela frente, encontrou uma muralha defensiva praticamen­te intranspon­ível.

Andava o Sporting a espreitar o golo, jogando muito próximo à área do adversário, quando num contra-ataque do Petro conduzido a toda a velocidade por Jaredi, ofereceu o golo a Tiago Azulão, aos 78 minutos. O mesmo Jaredi quase chega ao terceiro, aos 80’, antes de ser substituíd­o por Erico. O Sporting ainda procurou chegar ao golo de honra, mas não houve soluções no seu ataque para dar a volta ao marcador.

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RAFAEL TATI | EDIÇÕES NOVEMBRO Tricolores dilatam vantagem na tabela classifica­tiva sobre conjunto diamantífe­ro

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