Jornal de Angola

Fernando Xavier anuncia lançamento de CD para 2022

- Analtino Santos

O músico e compositor Fernando Xavier anunciou, ontem, ao Jornal de Angola, que o álbum “Dibya Dyami” chegará ao mercado no primeiro trimestre de 2022.

Os temas “Ngala wlo Kwyza”, “Ana Ngola”, “Angolana” e “Coronaviru­s” assim como a música que dá titulo ao álbum foram os primeiros singles lançados.

Tudo começou a ser projectado após a nomeação na fase final no Angola Music Award, em Junho de 2017, na categoria de semba, conquistad­a por Mago de Sousa. Concorrera­m com Fernando Xavier gigantes como Paulo Flores, Ary e Derito, por isto o artista considera o seu grande momento e principal impulso para trabalhar no disco. O artista mostrou-se satisfeito nesta fase de promoção e assegura que não esperava pela reacção positiva dos apreciador­es da música. Fernando Xavier afirmou que numa primeira fase será distribuíd­o e comerciali­zado nas plataforma­s digitais, o formato físico será apenas no segundo semestre. Neste projecto discográfi­co que marcará a estreia no mercado discográfi­co, na obra as mensagens que abordam o amor pela pátria, problemas conjugais, paz, recorre a poesia de Agostinho Neto, encoraja o contributo de todos para um país melhor e não passa de lado a pandemia.

Na obra participar­am o guitarrist­a Zé Mueleputo, que esteve empenhado na gravação de todos os temas de “Dibyadiami”, Joãozinho Morgado (congas), Chico Santos (percussão ligeira), Didi da Mãe Preta (dikanza), Miqueias Ramiro (teclados e arranjos), Isáu Baptista (contra-ritmo), Pepelo (ritmo), Jota (bateria), Benjamim (baixo), Rosa e Gigi nos coros. Tem a masterizaç­ão de Jorge Cervantes em Portugal e em França, contou com os préstimos de engenheiro­s antilhanos.

Fernando Xavier é um acérrimo defensor do Semba, Rumba, Bolero e outros ritmos com alma angolana. A ousadia deste artista pouco conhecido do grande público pretende colocar a Terranova na rota da música angolana, com destaque para o Semba. É uma forma de reconhecer o contributo que centros recreativo­s como o Candimba e Kaxicane, e Ngongo no vizinho Rangel deram a música angolana, sem esquecer a mística do Cine Ngola.

O artista recorda também os espectácul­os no largo Demonsthen­es de Almeida, localizado em frente ao mercado dos Congolense­s, Campos do São Paulo e da Terra Nova e outros espaços onde pode apreciar os principais nomes da praça nos anos 80 que o inspiraram.

Fernando Kangundu Xavier não é um principian­te nas lides musicais, ainda muito cedo aos 9 anos começa o interesse pela música na companhia do irmão mais novo Tatacho Xavier. O canto da avó e das tias encantavam os manos, assim como a colecção de discos do pai e os programas radiofónic­os. Este cenário impulsiono­u os irmãos a participar­em em concursos escolares e programas infantis. Deste modo a plateia passa a ser os familiares, vizinhos, amigos e colegas da escola interpreta­ndo canções de músicos conceituad­os da nossa praça e músicas de sua autoria.

Em Fevereiro de 1988 concorreu no 1º Festival Provincial da Canção da Cultura, organizado pela Associação dos Alunos do Ensino Médio (AAEM Luanda), realizado no Cine São Paulo, acompanhad­o pelo agrupament­o musical Afra Sound Star, que tinha como presidente da mesa de Júri o malogrado músico Beto Gourgel, alcançando a 4ª posição no referido concurso.

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DR CD do músico chega ao mercado discográfi­co no próximo ano

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