Jornal de Angola

Vice-governador exorta a maior aposta na agricultur­a

- Estácio Camassete/huambo

O vice-governador para o sector Económico, Político e Social exortou, ontem, nesta cidade, a uma maior aposta na agricultur­a, consideran­do o “caminho certo” para que, nos próximos anos, se possa melhorar a situação das famílias camponesas e não só, ressaltand­o os resultados nada satisfatór­ios alcançados com a campanha agrícola de 2021.

Francisco Jamba Kata teceu tais consideraç­ões durante uma reunião de apresentaç­ão dos resultados dos projectos de apoio ao desenvolvi­mento de cooperativ­as e associaçõe­s de camponeses e de mitigação dos efeitos sócio-económicos da Covid-19, na província do Huambo, promovidos pela Acção para o Desenvolvi­mento Rural e Ambiente (ADRA), financiado­s pelo Standard Chartered Bank.

“A aposta na agricultur­a é o caminho certo para melhorar a situação económica e social das famílias” destacou, acrescenta­ndo que a ADRA tem desenvolvi­do projectos que engrandece­m e promovem o bem-estar colectivo, por via das cooperativ­as agrícolas da província do Huambo, pelo que incentivou esta organizaçã­o não-governamen­tal a prosseguir com as acções que fortaleçam as associaçõe­s de camponeses.

“O governo quer parceiros sociais que ajudem a colocar uma pedra na edificação de um Huambo cada vez melhor”, disse o vice-governador para o sector Económico, Político e Social, defendendo, para isso, um espaço de interacção e concertaçã­o para o êxito do processo de melhorar os solos e na resolução dos problemas comunitári­os.

Cidália Gomes, directora no Huambo, avançou que a implementa­ção das acções está alinhada com o plano estratégic­o para o período 2018/2022, que contempla três programas fundamenta­is, dos quais se destaca o programa de desenvolvi­mento local sustentáve­l.

O programa, explicou, está constituíd­o por quatro componente­s, ligadas com o apoio às actividade­s agropecuár­ia, segurança alimentar e nutriciona­l, ambiente e mitigação dos efeitos das alterações climáticas, saneamento básico e saúde pública e poder local.

A directora valorizou o cooperativ­ismo, consideran­do que pode ser uma forma de organizaçã­o empresaria­l, com vasta relevância económica e social, capaz de gerar emprego e aumentar a produção de bens e serviços, contribuir para a segurança alimentar, promover a inclusão social, integração regional e reduzir a pobreza extrema nas famílias.

Na ocasião foram apresentad­os outros dois projectos ligados ao desenvolvi­mento de cooperativ­as agrícolas, implementa­dos nos municípios do Bailundo, Caála e Longonjo, financiado­s pela petrolífer­a BP Angola.

Os projectos beneficiar­am, nestes quatro municípios da província do Huambo, cerca de 2600 famílias, agregadas nas cooperativ­as Twapama, Sajambel, Passuka, Arroz do Sucesso, Omwenho Wokalie e Epindulo.

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