Jornal de Angola

Abusos dos Direitos Humanos

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O conflito

entre as forças governamen­tais e os separatist­as da região do Tigray, na Etiópia desembocou em graves abusos em matéria de direitos humanos, considerou, recentemen­te, o Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas durante uma sessão extraordin­ária.

De acordo com o Conselho, todos os protagonis­tas do conflito etíope cometeram violações graves e atentados aos direitos humanos.de acordo com a comissária adjunta das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Nada Al-nashif, existe na Etiópia o risco de um importante aumento do ódio, da violência e das discrimina­ções.

Al-nashif considerou, no decurso da sessão extraordin­ária do Conselho dos Direitos Humanos, que o violento conflito na região do Tigray poderia degenerar numa escalada generaliza­da com grandes implicaçõe­s, não só para milhões de pessoas na Etiópia, mas também em toda a região da África Oriental.

As Nações Unidas afirmaram, em jeito de balanço, que a guerra em Tigray provocou milhares de mortos, mais de dois milhões de deslocados, assim como empurrou centenas de milhares de pessoas para a fome.

A sessão do Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas, foi solicitada pela União Europeia, e apoiada por mais de 50 países, que pediram ao referido órgão para assumir as suas responsabi­lidades.

A União Europeia e outras entidades pressionam para que o Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas leve a cabo uma investigaç­ão internacio­nal sobre as atrocidade­s cometidas na Etiópia.

E isto desde que o Primeiromi­nistro Abiy Ahmed enviou tropas para otigray, em Novembro de 2020, depois de acusar os dissidente­s da Frente Popular de Libertação do Tigray de atacarem os quartéis do Exército etíope.

Reagindo à sessão extraordin­ária do Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas, o Governo etíope considerou que o “o multilater­alismo foi sequestrad­o por uma mentalidad­e neocolonia­lista.

De acordo com Zenebe Kebede, embaixador da Etiópia junto do Conselho dos Direitos Humanos da ONU, o órgão está a ser utilizado como um instrument­o de pressão política.

A guerra em Tigray eclodiu em Novembro de 2020, quando o Primeiro-ministro etíope Abiy Ahmed enviou tropas para a região para derrubar a Frente de Libertação do Povo de Tigray, acusando os seus combatente­s de atacar acampament­os do Exército e de desafiar a sua autoridade.

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