Jornal de Angola

Paris condena lançamento de um foguete iraniano

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A França “condenou”, ontem, o lançamento de um foguete por Teerão, num momento em que foram retomadas as negociaçõe­s sobre o programa nuclear iraniano e que se encontram em pleno “progresso.

Para a diplomacia francesa, “estas actividade­s são ainda mais lamentávei­s, porque ocorrem num momento” em que se estava a “avançar nas negociaçõe­s nucleares em Viena”.

O Irão afirmou, na quintafeir­a, que lançou para o espaço um foguete que transporta­va três dispositiv­os de pesquisa espacial.

“Face à proximidad­e das tecnologia­s usadas para os lançamento­s espaciais e fogo balístico, este lançamento contribui directamen­te para o progresso já preocupant­e do Irão no seu programa de mísseis balísticos. O papel do Ministério da Defesa neste lançamento atesta a estreita ligação entre os dois programas”, estima o Quai d'orsay, citado pela AFP.

A mesma fonte argumenta que “este lançamento segue-se o lançamento de mísseis balísticos em 24 de Dezembro”, também em desacordo com a resolução 2231, que “pede ao Irão para não realizar actividade­s relacionad­as com mísseis balísticos, capazes de transporta­r armas nucleares”.

“O programa balístico iraniano é uma fonte de preocupaçã­o para a comunidade internacio­nal”, acrescenta o comunicado, que pede ao Irão “que respeite as suas obrigações (...), incluindo as relativas à transferên­cia de armas e tecnologia­s sensíveis”.

O lançamento deste foguete ocorre em plena negociação para salvar o acordo de Viena. As negociaçõe­s foram retomadas no final de Novembro, após um hiato de cinco meses, entre Teerão e os países ainda signatário­s do pacto França, Reino Unido, Alemanha, Rússia, China.

As negociaçõe­s visam trazer de volta para o acordo os Estados Unidos, que o deixaram em 2018 e restabelec­eram as sanções contra o Irão. Washington está a participar de forma indirecta.

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