Macky Sall apela ao desenvolvimento inclusivo
Cerca de 280 milhões de pessoas estão em condições precárias alimentares em África, com realce para mulheres e crianças, informou, ontem, em Malabo, Guiné Equatorial, o Chefe de Estado senegalês e Presidente em exercício da União Africana, na cerimónia de abertura da Cimeira Extraordinária sobre as Questões Humanitárias e Conferências de Doadores.
Macky Sall referiu que é preciso que se previnam casos similares no futuro, havendo a necessidade de agir imediatamente para resolver as crises. Defendeu, para isso, um desenvolvimento inclusivo de modo que cada um dos cidadãos tenha direito aos recursos do seu país.
O Presidente da União Africana reiterou que não se pode esperar mais tempo para o continente agir: “a base de África deve ser a união de todos. O terrorismo é um flagelo e apela à mobilização de apoio e novos métodos de combate. Mas vamos tratar disso amanhã (hoje) com mais subsídios”.
Quanto à p o b r e z a extrema, Macky Sall citou um dos relatórios da ONU, segundo o qual, até 2030, 118 milhões de africanos estarão em risco, devido aos níveis elevados do mar, inundações e outros fenómenos.
“O que se pretende é uma melhor resposta aos problemas do continente”, reafirmou, antes de solicitar ao Presidente João Lourenço para dirigir os trabalhos e regressar ao Senegal, onde se regista luto nacional, na sequência da morte de mais de 20 crianças num hospital.
A agenda deste sábado prevê a realização da 16ª Sessão Extraordinária da Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da União Africana sobre o Terrorismo e as Mudanças Inconstitucionais de Governos em África.