Angola defende mecanismos eficazes contra golpes de Estado
Chefe de Estado condenou veementemente as mudanças inconstitucionais de governo ocorridas em vários países do continente e sublinhou que os golpes de Estado constituem o “recuo significativo” relativamente aos ganhos políticos, económicos sociais e em mat
O Presidente da República, João Lourenço, considera que não deve haver vacilação na condenação e na tomada de medidas que desencorajem e inviabilizem o funcionamento de Governos que se constituíram com recurso à força militar.
Ao discursar na Cimeira da União Africana sobre o Terrorismo, Mudanças Inconstitucionais de Governo e Extremismo Violento, o Chefe de Estado angolano condenou “veementemente” as mudanças inconstitucionais de governo que tiveram lugar em vários países do continente.
J o ã o L o ure nço, q u e orientou o evento, na ausência do presidente da organ i z a ç ã o , Macky S a l l , sublinhou que os golpes de Estado constituem um recuo significativo relativamente aos ganhos políticos, económicos sociais e em matéria de estabilidade.
“É importante que coloquemos uma atenção muito particular a essa questão de mudanças anticonstitucionais de Governos em África, para que, perante a indiferença, o silêncio e a passividade, esses acontecimentos não adquiram um carácter de normalidade que podem contagiar, estimular e generalizar esta prática no nosso continente”, referiu.
João Lourenço defende que sempre que acontecer alguma mudança inconstitucional do poder, independentemente de haver ou não derramamento de sangue, as organizações regionais competentes e a União Africana devem reunir de emergência e tomarem medidas extraordinárias que obriguem ao regresso imediato da ordem constitucional no país em causa. realidade de cada um dos nossos países, pode ser replicado noutros pontos do nosso continente sobre os quais pairam conflitos de natureza diversa, que funcionam como rastilho para a deflagração da confrontação militar que se observa actualmente no nosso continente”, sugeriu.
O Chefe de Estado sublinhou que tem sido com base nos factos bem sucedidos na história recente de Angola que o país tem procurado, no quadro da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL) e de outras organizações regionais, desempenhar um papel efectivo e impulsionador do diálogo na região e na África Central, mais precisamente na República Centro Africana, onde se podem constatar avanços significativos embora ainda insuficientes no processo de apaziguamento interno.
Antes do início da sessão, João Lourenço teve encontros com o antigo Chefe de Estado nigeriano Olusengu Obassanjo e com o Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema.