Reformulação do Conselho de Segurança da ONU
O Presidente
da República defendeu ontem, em Malabo, Guiné Equatorial, a reformulação do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Ao discursar na Cimeira sobre o Terrorismo, Mudanças Inconstitucionais de Governo e Extremismo Violento, João Lourenço defendeu um órgão que não se circunscreva apenas às grandes potências vencedoras da Segunda Guerra Mundial, mas que contemple a entrada de países representantes de África, América Latina e da península hindu, como membros permanentes com a plenitude de poderes.
Sublinhou que, passados 77 anos do fim da Segunda Guerra Mundial, o mundo evolui em todos os domínios, pelo que o actual Conselho de Segurança, onde todos se deviam sentir representados e protegidos, já não se reflecte neste mundo globalizante.
João Lourenço afirmou que o conflito que se vive hoje na Europa veio ensinar que em matéria de segurança, sem prejuízo da cooperação internacional, em primeiro lugar cada continente deve ter uma estratégia de defesa comum própria. “Este conflito vem também confirmar as profundas desigualdades no tratamento dos países e povos perante guerras, pandemias e calamidades naturais”, reforçou.
O Chefe de Estado afirmou que o actual conflito na Europa "veio tornar mais visível a forma discriminatória como se tratam os refugiados e deslocados dos vários conflitos armados no planeta, muitos deles em curso no nosso continente e no Médio Oriente".
João Lourenço defendeu maior concertação entre líderes africanos sempre que surg i r e m p r o b l e mas q u e ponham em causa a paz e a segurança no continente.