Jornal de Angola

UNITA reafirma projecto de autonomia a Cabinda

- Bernardo Capita | Cabinda

O presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, reafirmou, ontem, a intenção do partido conceder uma autonomia para a província de Cabinda, caso vença as Eleições Gerais de Agosto.

O líder da Galo Negro, que discursava durante um acto político de massas, no campo de futebol Chiweca, destacou que a intenção de se atribuir um “estatuto especial” a Cabinda, que poderá vir a desembocar depois numa “autonomia”, remonta desde os tempos do fundador do partido do “Galo Negro”.

Adalberto explicou que Savimbi sempre defendeu um tratamento especial para a província de Cabinda, baseado num diálogo que devia envolver todas as partes políticas. Acrescento­u que a autonomia que a UNITA poderá conceder a Cabinda, “basear- se- á, acima de tudo, num diálogo muito abrangente e construtiv­o, que não irá excluir ninguém e que tenha conteúdo”. “Só assim se poderá trazer a paz a este espaço do território nacional”.

De acordo com líder do maior partido da oposição, “a vida da população de Cabinda, não pode continuar a ser dificultad­a por falta de entendimen­to entre os homens”, tendo considerad­o ser de extrema importânci­a “o diálogo inclusivo, para

se dirimir esse conflito que dura há anos”.

O presidente da UNITA disse que o voto da população de Cabinda será fun

d a menta l p a r a q u e o partido possa vencer as eleições de Agosto próximo, e apelou às mulheres a afluírem às urnas, por serem uma franja da sociedade capaz de influencia­r toda a família para o voto. “As mamãs têm muita força de mobilizaçã­o. Quero pedir a todas, para a mobilizaçã­o da família, amigos e da comunidade para o voto de Agosto”.

A UNITA, no âmbito do seu Programa de Governação, “tem várias iniciativa­s”. O seu líder reforçou que pretendem uma nova arrumação administra­tiva de vilas e aldeias, para descongest­ionar o fluxo da população nos centros urbanos, numa clara alusão à capital do país, Luanda, em que a UNITA, segundo Adalberto, irá atribuir um estatuto de “Região Administra­tiva e Metropolit­ana de Luanda”.

Este estatuto, referiu, tem a ver precisamen­te, por ser um local onde a maior parte da população é oriunda das aldeias, que se confinam na capital em busca de melhores condições de vida. “A nossa população, por falta de serviços públicos, boas escolas e emprego nas aldeias, foge para os municípios, e, depois, sobe para as capitais provinciai­s e afunilam o desenvolvi­mento”.

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JOSÉ SOARES | EDIÇÕES NOVEMBRO Líder da UNITA quer descongest­ionar as cidades capitais

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