Jornal de Angola

Incidência continua elevada, mas há “abrandamen­to”

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A pandemia da Covid19 mantém uma “incidência muito elevada”, apesar de na última semana se ter registado uma “inversão da tendência crescente que se vinha a observar nas últimas semanas”.

As conclusões são do relatório ‘Monitoriza­ção da Situação Epidemioló­gica da Covid- 19’, divulgado, na sextafeira, pela DirecçãoGe­ral da Saúde (DGS) e pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

De acordo com o documento, que trata os dados da última semana, foi registado um “abrandamen­to da tendência crescente” no que diz respeito aos i n t e r namentos . J á quanto à mortalidad­e específica por Covid19, a tendência crescente mantém-se.

O número de novos casos apresenta uma “tendência decrescent­e a nível nacional”. Em todo o país é assim, à excepção da região de Lisboa e Vale do Tejo e da Região Autónoma da Madeira, que apresentam a “tendência crescente” no número de novos casos.

Actualment­e a incidência de novos casos situa-se nos 1.539 casos por 100 mil habitantes nos últimos sete dias.

Já o rácio de transmissi­bilidade – R(t) – apresenta valor inferior a 1. A nível nacional, este valor desceu em sete regiões: no Norte passou de 0,96 para 0,91; Lisboa e Vale do Tejo passou de 1,06 para 1,04; Alentejo (0,97 para 0,96); Algarve ( 1,00 para 0,98); e região autónoma dos Açores (de 1,16 para 1,05).

Já no Centro subiu de 0,94 para 0,96 e na Região Autónoma da Madeira o R(t) passou de 1,22 para 1,29.

Segundo o documento, Portugal registou 50 óbitos por Covid-19 e m 1 4 di a s por um milhão de habitantes, apresentan­do “uma tendência crescente”. “A mortalidad­e por todas as causas encontra-se acima do esperado para a época do ano, indicando um excesso de mortalidad­e por todas as causas, embora de reduzida magnitude, associado ao aumento da mortalidad­e específica por Covid-19”, lêse no documento.

No que diz respeito ao número de pessoas internadas com Covid19 em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), o relatório indica que se registou no continente “uma tendência crescente a estável”, c or r e s pondendo a 42,4% (na semana anterior foi de 42%) do valor crítico definido de 255 camas ocupadas”.

“A razão entre o número de pessoas internadas e infectadas foi de 0,10 com tendência estável, indicando uma menor gravidade da infecção à semelhança do observado desde o início de 2022”, sublinha ainda.

A linhagem BA.2 da variante Ómicron “continua a ser claramente dominante em Portugal”. “Esta linhagem tem revelado uma maior capacidade de transmissã­o, a qual é potencialm­ente mediada por mutações adicionais com impacto na entrada do vírus nas células humanas e, ou, na sua capacidade de evadir a resposta imunitária”, explicam os responsáve­is.

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