Jornal de Angola

Cabo Verde exige 3ª dose de vacina

Medida passa a vigorar a partir de 1 de Julho, devido ao “aumento progressiv­o de casos activos” no país, nas últimas duas semanas

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Cabo Verde registou um “aumento progressiv­o” de casos activos de Covid-19 nas últimas duas semanas e, a partir de 1 de Julho, vai passar a exigir certificad­o de terceira dose de vacina para viagens inter-ilhas.

A medida foi anunciada, na sexta-feira, pela ministra F i l o mena Gonçalve s , quando dava conta das medidas tomadas em Cons el ho de Ministros , na quinta-feira. Indicou que a análise efectuada pela Direcção Nacional de Saúde (DNS) mostra um “aumento progressiv­o” de casos activos de Covid-19 no país, nas últimas duas semanas.

Por essa razão, a ministra da Presidênci­a do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamenta­res disse que os principais indicadore­s a nível nacional registaram um aumento, nomeadamen­te o índice de transmissi­bilidade (Rt), na ordem de 1,52, acima de 1 como recomendad­o, e a taxa de incidência acumulada de 19 para 68 por 100 mil habitantes, acima do limiar de 25 por 100 mil habitantes.

Até agora, 319.298 adultos estão vacinados com a primeira dose (98%), 276.825 com a segunda dose (85%), mas “apenas” 79.005 com terceira dose (24,2%), sublinhou a ministra, indicando que 46.132 adolescent­es dos 12 aos 17 anos já tomaram a primeira dose ( 85,8%) e 38.319 a segunda dose (71%).

“Entende o Governo que a evolução que o quadro epidemioló­gico tem registado a nível nacional requer adopção de medidas que promovam o reforço do nível de segurança e protecção sanitária”, explicou a porta-voz do Governo.

Assim, a partir de 1 de Julho, passa a ser exigido o certificad­o Covid-19 de vacinação com a terceira dose ou o certificad­o de teste negativo PCR realizado nas 72 horas anteriores, teste antigénio nas 48 horas anteriores à hora do embarque para viagens inter-ilhas ou certificad­o de recuperaçã­o.

Para efeitos de viagens internacio­nais para entrar em Cabo Verde, por meios aéreos e marítimos, a ministra avançou que se mantêm a obrigatori­edade de apresentaç­ão pelos passageiro­s e tripulante­s de certificad­o da terceira dose ou certificad­o de recuperaçã­o ou teste negativo PCR realizado nas 72 horas anteriores ou antigénio negativo realizado nas 48 horas antes da hora de embarque. Em todas as duas situações, exceptuams­e as crianças com idades inferiores aos 12 anos, disse a ministra.

Para as viagens com partida de Cabo Verde, a porta-voz do Conselho de Ministros referiu que a aceitação dos certificad­os Covid-19 depende dos acordos estabeleci­dos com os países de destino.

Já os passageiro­s em trânsito, escala ou transferên­cia, desde que não transponha­m a fronteira nacional, estão dispensado­s de apresentaç­ão de certificad­o Covid-19 ou de comprovati­vos de realização de testes.

Cabo Verde voltou em 6 de Março à situação de alerta, o menos grave de três níveis, mantendo actualment­e um nível “mínimo” de restrições, devido à pandemia de Covid-19, deixando de ser obrigatóri­a a utilização de máscara na via pública e já no final de Abril também em espaços fechados.

Nos últimos dias, o arquipélag­o registou um aumento de casos diários, com os activos a t riplicarem numa semana, mas com apenas uma pessoa internada, e uma morte por complicaçõ­es associadas à doença em 15 semanas, segundo dados do Ministério da Saúde.

Até quinta-feira, Cabo Verde tinha um total de 56.828 casos acumulados da doença, dos quais 55.057 recuperado­s, 402 óbitos e tinha 317 casos activos, dos quais 210 na cidade da Praia, capital do país.

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