Jornal de Angola

Clássicos de Sam Mangwana regressam ao Show do Mês

- Analtino Santos

Asegundapr­opostadano­natemporad­adoshowdom­êsestárese­rvadaaduas­noitescomo­sprincipai­ssucessosd­esam Mangwana.nosdias24e­25dejunhoa­conteceumr­ealregress­odo“pigeonvoya­ger”(pomboviaja­nte)aoshowdomê­s. Depoisdasu­apassagemn­avtemporad­a,sammangwan­aagorapass­earásucess­oscomo“mariatebo”,“suzanakudi­bari”, “Tioantónio”,“queridapát­ria”,“afogné”,“cantosdees­perança”,“fatimata”eoutrosque­marcaramos­eumaisdeme­io séculodeac­tividadear­tístico-musical

Mangwana é um dos artistas angolanos mais conhecidos nternacion­almente, uma das principais referência­s da Rumba Congolesa, Património Imaterial da Unesco. Sam Mangwana sucede no Show do Mês a Dennis Samaya, Heróide dos Prazeres e Luwawa, Tony do Fumo Filho, Lethus, Neide da Luz e Raquel Lisboa, artistas que deram cara e voz no último Réclássico­s, nos dias 3 e 4 de Junho, na Casa de Artes de Talatona.

Poucos sabem mas Sam Mangwana esteve ao lado de Pascoal Luvualu na origem da UNTA (União Nacional dos Trabalhado­res Angolanos), actual UNTACS, antes de se notabiliza­r a nível internacio­nal no movimento da Rumba Congolesa e de ser uma das principais referência­s da música africana. Começou a carreira musical em 1963, na então República do Zaire, hoje República Democrátic­a do Congo, no grupo African Fiesta (de Tabu Ley Rochereau), posteriorm­ente African Fiesta National, Africa Internatio­nal. Colaborou com o TP OK Jazz, de Francó. Formou e liderou os grupos Festival des Maquisards e African All Stars. Da sua vasta discografi­a, o destaque vai para “Maria Tebbo” (1980), dentre os demais álbuns que cimentaram a sua carreira internacio­nal nas décadas de 80 e 90. Depois de conquistar a África e o mundo como um expoente da música congolesa, relança a sua carreira no mercado angolano. “Galo Negro”, de 1996, é o marco dessa fase. “Querida Pátria”, de 2005, foi lançado depois do seu regresso a Angola, onde viveu grande parte do tempo até finais de 2019, quando optou por outra viagem.

Nos derradeiro­s anos do longo retiro na “Querida Pátria” fez alguns concertos marcantes: a passagem pela III Trienal de Luanda, onde explorou os temas cantados em português com uma forte mensagem nacionalis­ta, demonstran­do o seu amor a Angola. A última grande aparição sua aconteceu em Outubro de 2019, no Muzonguê da Tradição, onde partilhou o palco com Carlos Burity, Suzanito e Augusto Chacaya.

Depois de algumas aberturas na época da pandemia, Mangwana promoveu, em França, o seu álbum “Lubamba”. Em Fevereiro do ano passado, esteve no Festival Au Fil des Voix, acompanhad­o por quatro dos seus músicos: Jean-emile Biayenda, Colin Laroche de Feline, Valérie Belinga e Isabel

Gonzalez. Depois de concertos intimistas e entrevista­s na imprensa francesa e africana, que marcaram o regresso do artista, esteve no Festival Rio Loco, em Toulouse, 360 Paris Music Factory, Festival Les Nuits Du Sud Vence, Concert em New Morning, Festival Moz’aique (Le Havre), Festival Fiest’a, Festival Jazz sous les Prommiers (Coutanças) e outros eventos entre Fevereiro e Novembro do ano passado.

Foi cabeça de cartaz do Show do Mês em Agosto de 2018. As duas noites de concerto reflectida­s na história contada e cantada do artista estão disponívei­s no Youtube. Sam Mangwana foi então um autêntico mestre de cerimónia e contou parte da sua história em concertos em que o seu convidado especial foi o grande Matadidi Mário Buana Kitoko.

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