MPLA defende legado do Fundador da Nação
A primeira secretária do MPLA no Bengo, Mara Quiosa, afirmou, ontem, em Caxito, que o partido vai continuar a apostar na juventude, de maneira a prosseguir com o "legado do Fndador e guia imortal da Nação angolana, Dr. António Agostinho Neto”.
A dirigente falava na abertura da Tertúlia sobre a Vida e Obra de Agostinho Neto, no Cine Caxito, e disse que o MPLA tem consciência que deve continuar a educar e preparar os jovens para a contínua luta pelos princípios dos desígnios de Neto.
“Como disse Agostinho Neto, ‘Angola é e será, por vontade própria, a trincheira firme da revolução em África’, para continuar a fazer vincar este legado histórico”, frisou.
Durante a tertúlia, a directora do Instituto Nacional das Indústrias Culturais e Criativas, Domingas Monte, que falou sobre “O percurso histórico e literário de Agostinho Neto”, sublinhou que o primeiro Presidente de Angola fez o diagnóstico da sociedade em que vivia e da sua geração, através da literatura, sobretudo, no livro “Sagrada Esperança” e na poesia “Sombra”.
De acordo com a responsável, Neto indicou caminhos que nos dias de hoje orientam a governação do país, como a célebre frase: “o mais importante é resolver os problemas do povo”.
Na ocasião, o escritor e deputado do Grupo Parlamentar do MPLA, Conceição Cristóvão, que dissertou sobre “O Alcance Político de Agostinho Neto”, fez uma abordagem dos primeiros anos da vida política do Fundador da Nação, desde os textos literários publicados na Revista Standard, aos 17 anos de idade, à fundação da Casa dos Estudantes do Império.
Conceição Cristóvão contou que Agostinho Neto conseguiu salvar alguns poemas que, hoje, constituem o livro “Sagrada Esperança”, num roupão entregue ao amigo, na altura em que foi preso na sua residência, em Lisboa, em 1959.
Segundo o prelector, Neto foi preso pela primeira vez, em 1952, quando recolhia assinaturas para a Conferência de Paz de Estocolmo, e libertado em 1957, período embrionário da fundação do MPLA. “Infelizmente, Agostinho Neto faleceu quatro anos após a proclamação da Independência Nacional”, lamentou.