Angola e Côte d'ivoire jogam pela liderança
“Pep” Clarós e pupilos tentam desforrar, esta noite, em Abidjan, a derrota (56-57), sofrida em Benguela, no Pavilhão Acácias Rubras
Num dos principais clássicos africanos, Angola e Côte d'ivoire defrontam-se hoje, às 20h00, no Palácio dos Desportos de Treichville, na cidade de Abidjan, em desafio referente à quarta jornada da segunda volta do Grupo C da terceira janela FIBA, qualificativa para a 19ª edição do Campeonato do Mundo sénior masculino de basquetebol, a decorrer de 25 de Agosto a 10 de Setembro de 2023, na Indonésia, Japão e Filipinas.
Separadas na tabela classificativa por um ponto, Angola, segunda com cinco, e Côte d'ivoire, líder com seis, podem definir, em caso de vitória esta noite, quem termina no pódio da série que apura as três primeiras selecções mais as terceiras melhores para o restrito grupo de doze, das quais somente cinco marcam presença no Mundial asiático.
Vergado no Pavilhão Acácia Rubras, por 56-57, o combinado angolano tenta agora, em reduto adverso, mas ciente das dificuldades, desforrarse do percalço sofrido em Novembro do ano passado, num encontro onde esteve a vencer por 17 pontos.
O desafio entre os dois colossos da bola ao cesto africana, Angola, 11 títulos de campeã africana, 1989, 1991, 1993, 1995, 1999, 2001, 2003, 2005, 2007, 2009 e 2013, e Côte d'ivoire, dois, 1981 e 1985, é de tira-teimas e reaviva a memória para a meia-final do Campeonato das Nações (Afrobasket), Abidjan'2013.
Naquele jogo, o combinado angolano derrotou, por 66-59, em Abidjan, a selecção anfitriã. É bem verdade que os intervenientes são outros, mas a pretensão, ganhar cada jogo, continua a ser mesma, seja qual for a geração de jogadores.
Por isso, o seleccionador nacional, Josep “Pep” Clarós e pupilos chegam ao desafio frente aos donos da casa com a responsabilidade de melhorarem os níveis de concentração, bem como os de eficácia onde ficaram aquém nos lançamentos de dois pontos, 45 por cento, contra 46,3 por cento do adversário. Nos arremessos de três pontos, os comandados de Clarós fizeram 24 por cento e os ivoirienses 32,5 por cento.
Na partida de Benguela, a melhor prestação da Selecção Nacional sobre o antagonista de logo foi mais nos lances livres, 62,1 por cento contra 56,2 por cento, e no total de ressaltos, 48 contra 43 dos visitados.
No entanto, as reticências para a obtenção de um bom resultado prendem-se com o facto do “cinco” nacional estrear, no Palácio dos Desportos de Treichville, seis atletas Gilson Martins, Sadraque Naganga, António Monteiro, Jerónimo Luís, Dimitri Maconda, João Fernandes e Kenneth Manuel (pode ser dispensado já no palco da competição).
A estes juntam-se os traquejados Leonel Paulo, Teotónio Dó, Gerson “Lukeny” Gonçalves, Childe Dundão e Gerson Domingos.
Do outro lado, o técnico Ignacio Lezcano Moya, pode, caso tenha mantido a mesma convocatória, alinhar com Assemian Moulare, Jean-françois Kebe, Maxence Dadiet, Stephane Konate, Souleyman Diabate, Vafessa Fofana, Guy Landry Edi, Jacques Willy Kouassi, Bali Coulibaly, Lionel Kouadio e Cédric Bah.
Guiné e RCA abrem a jornada
As selecções da Guiné e da República Centro Africana (RCA) abrem, às 17h00, no mesmo recinto, a ronda quatro do grupo.
Guiné, terceira com quatro pontos e República Centro Africana (RCA), última com três, não parecem dispor de condições técnico - tácticas para entrarem nas equações e fazerem mossa a Angola e Côte d'ivoire.
Nas probabilidades de triunfo, realce para a Guiné, por ter ganho, 92-64, o duelo da primeira volta.
Amanhã, para a quinta ronda, Angola testa, às 17h00, aptidões diante da Guiné e a Cote d´ivoire mede competência frente à RCA.