Governo reanima braço financeiro do Prodesi
Ministro anuncia em Malanje que a iminente conclusão da reestruturação do PAC vai acelerar os desembolsos a projectos de promoção da produção nacional
O ministro da Economia e Planeamento manifestou expectativas de que uma reestruturação em curso do Programa de Apoio ao Crédito (PAC), acelere os desembolsos a projectos ligados à produção nacional, que já disponibilizou financiamentos que ascendem a 800 mil milhões de kwanzas, equivalentes a dois mil milhões de dólares.
Mário Caetano João proferiu estas declarações numa deslocação aos municípios de Malanje e Cacuso, realizada ontem, para avaliar projectos do Programa de Apoio à Produção, Promoção das Exportações e Substituição das Importações (Prodesi), que já viu mais de mil projectos aprovados.
O ministro manifestou expectativas de que a reestruturação do PAC permita maior celeridade ao curso do Prodesi, até à luz da necessidade da segurança alimentar, bem como do actual cenário internacional caracterizado com a escassez e o encarecimento dos produtos alimentares agrícolas.
De acordo com o governante, o PAC vai possibilitar financiamentos situados em valores que podem atingir 40 milhões ou, até, 100 milhões de kwanzas, caso se afigurem bem estruturados.
O ministro informou que, com a reestruturação do PAC,
cada uma das províncias do país, incluindo a de Malanje, vai, numa primeira fase, contar com o financiamento de 100 projectos. Neste momento estão a ser contemplados 30 projectos para cada região do país, mercê de esforços que estão a ser desenvolvidos para a captação de mais recursos.
Diantou que, entre os projectos visitados no âmbito do Angola Investe, o programa que precedeu o Prodesi, alguns têm capacidade de retorno do investimento, mas, outros não, pelo facto de serem incipientes ou por
não terem recebido a totalidade dos recursos financeiros acordados.
O ministro apontou casos em que o financiamento serviu apenas para aquisição de máquinas, sem outros recursos como capital de giro para a primeira colheita e pesticidas.
Formalização da economia
Mário Caetano João reafirmou números já anunciados do registo de mais de 200 agentes económicos no âmbito do Projecto de Reconversão da Economia Informal ( PREI), 30 mil dos quais em Malanje, para onde se projecta um total a 200 milhões de kwanzas em microcrédito, para financiar 150 projectos.
Consioderou a formalização como uma “cadeia de valor” com vários segmentos, com destaque para o cartão de vendedor, e que uma das vantagens permite que os formalizados se tornem contribuintes.
Neste momento, estão disponíveis 50 milhões de kwanzas para o financiamento, de acordo com Mário Caetano João, que disse haver processos em fase de avaliação para o desembolso entre Julho e Agosto do corrente ano.
“Nós queremos que todos tenham recorrido ao microcréditro e se efectivamente alguém tiver a capacidade de absorção este pode ter acesso aos recursos disponíveis para o efeito”, garantiu.
Em Malanje o ministro visitou a cooperativa Futuro Jovem, vocacionada para a transformação de produtos do campo e com capacidade para produzir dez mil merendas/dia e que recebeu um financiamento de 15 milhões de kwanzas no âmbito do Prodesi. Mário Caetano João efectuou ainda visita a cooperativa Njinga Mbande, no sector do Quéssua, com 150 hectares cultivados e que recebeu o financiamento de cinco milhões de kwanzas para o fomento da horticultura.