Estados abrem espaços para a cooperação económica
A visita do Presidente João Lourenço à capital Oslo, no Reino da Noruega, desde ontem até amanhã, sexta-feira, visa, fundamentalmente, o reforço da cooperação económica entre os dois países, disse o ministro das Relações Exteriores.
Té t e A n t ó n i o a v a n ç o u à imprensa angolana no local que a economia norueguesa tem uma forte intervenção do Estado e também dos privados, factores de que Angola pode absorver ainda mais experiências.
“Esta vinda à Noruega é uma boa oportunidade para troca de experiências, pois é sabido que este país é de uma economia com um sector privado muito vibrante, mas também com uma intervenção do Estado em sectores-chaves bastante produtivos”, afirmou.
Por outro lado, explicou o ministro das Relações Exteriores, a Noruega é a mãe dos Fundos Soberanos, por ser o país em que nasceu o “Fundo das Gerações Vindouras”.
Trata-se de um fundo que serve para garantir que o país nunca mais entre em dificuldades e intervém em mais de 80 países no mundo.
Conforme detalhou o ministro Téte António, o Presidente da República vai manter, em Oslo, encontros oficiais com o Rei Harald, o Primeiro-ministro Jonas Gahr Støre e o presidente do Parlamento norueguês, Masud Gharhakhani.
Estão previstas visitas as empresas de referência presentes na economia angolana, nomeadamente a Equinor e a Aker Solutions, isso depois de o Chefe de Estado ser orador no Fórum Empresarial de hoje dedicado a Angola.
Téte António disse ser bastante importante para Angola a abordagem sobre a transição energética, razão pela qual um painel dedicado à energia está alinhado no certame.
“Terra do bacalhau”
Em relação aos resultados concretos, o ministro das Relações Exteriores de Angola disse que Angola e Noruega têm uma cooperação “bastante proveitosa”, além do petróleo, nas áreas da
Agricultura e das Pescas. Aliás, disse, o bacalhau, muito apreciado em Angola, nasceu na Noruega. Há, igualmente, outras vantagens, entre as quais a gestão de recursos financeiros provenientes da exploração dos recursos naturais, sobretudo o petróleo. O país é também um bom exemplo na protecção social.
Comunidade angolana
Quanto ao apelo da comunidade angolana em Oslo, sobre a isenção de vistos, o ministro Téte António afirmou existir um dossier sob apreciação das partes de isentar vistos aos passaportes diplomáticos e de serviço. Assumiu tratar-se de um processo gradual, que poderá abranger também outras áreas.
“O impacto do crescimento da cooperação entre os países, com certeza, vai influenciar a evolução de outros tantos processos, incluindo o da circulação de pessoas e bens”, afirmou.