Jornal de Angola

Mara Quiosa inspeccion­a obras em Cabinda

- Bernardo Capita| Cabinda

A governador­a de Cabinda inteirou-se sobre o andamento das obras de construção do Porto de Águas Profundas do Caio, infra-estrutura que vai contar com um ancoradour­o de um quilómetro e 130 metros de compriment­o, projectado para atracagem de 4 navios em simultâneo.

Mara Quiosa ficou a saber, durante a visita, que teve lugar na quarta-feira, que o curso das obras segue a um ritmo lento, por culpa de questões burocrátic­as de ordem alfandegár­ia, conforme as explicaçõe­s avançadas pelo director executivo da empresa gestora do projecto, a “Caio Porto”. Nessa altura, os trabalhos abrandaram porque a empresa está com dificuldad­e de suportar os custos com o pagamento de impostos alfandegár­ios.

A título de exemplo, o director executivo da Caio Porto, Rui Marques, explicou a governador­a de Cabinda, Mara Quiosa, que o valor de as facturas tributária­s cobradas à empresa pela AGT, varia entre 50 a 70 milhões de kwanzas, consoante à quantidade de equipament­os importados.

A entrada de equipament­os é taxada, quer pela via do Porto Comercial de Ponta Negra (República do Congo) quer pela via do Porto Comercial de Luanda. Rui Marques afirmou, a propósito, que a empresa tem-se deparado com sérias dificuldad­es para desalfande­gar os meios.

Acrescento­u que com as despesas de transporta­ção rodoviária, tendo em conta que a maior parte desses meios são descarrega­dos em Ponta Negra, depois transporta­dos em camiões para a província de Cabinda, a empresa fica em situação complicada.

O director executivo da Porto Caio defendeu, no entanto, a isenção de pagamento de i mpostos aos equipament­os e aos materiais de construção utilizados nas obras do Porto. Informou à governador­a Mara Quiosa que a empreitada conta com acordos estabeleci­dos para a isenção de impostos alfandegár­ios.

O responsáve­l da empresa gestora do projecto de construção do Porto de Águas Profundas do Caio, Rui Marques, disse que o imposto sobre o valor acrescenta­do (IVA), na ordem de 14 por cento, contra os actuais 2 por cento, que o novo Regime Especial Tributário estabelece para Cabinda, deve ser interpreta­do de outra maneira.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola