Imitar os bons exemplos
Os bons exemplos são para serem imitados, uma realidade nem sempre encarada com bons olhos por quem pensa ter já alcançado patamares de “savoir-faire” que dispensam paradigmas por seguir ou adaptar à sua realidade. Sendo uma Nação nova, que se orgulha da caminhada que faz na direcção da construção de uma sociedade livre, justa, democrática, solidária, de paz, igualdade e progresso social, os angolanos estão abertos a aprender com as experiências dos outros povos, como seria de esperar.
Angola, sob a presidência do Chefe de Estado, João Lourenço tem procurado, no concerto das Nações, contribuir, modestamente, com a sua experiência, bem como se tem mostrado aberta a aprender com os outros países e povos.
Com a recente visita de Estado ao Reino da Noruega, terminada ontem, durante o Fórum de Negócios Angola-noruega, que decorreu na quinta-feira, na cidade de Oslo, o Mais Alto Magistrado da Nação disse que “Angola pode aprender muito com a experiência norueguesa, particularmente no aproveitamento dos recursos naturais e a sua conversão em riqueza e bem-estar social para o país e para o povo angolano”.
De facto, não seria de todo exagerado assumirmos que o nosso país pode aprender com o modelo de desenvolvimento socioeconómico da Noruega, mesmo não sendo de todo perfeito, mas em que, diríamos, a economia de mercado quase que se confunde com o Estado eminentemente social do referido reino.
Os indicadores de desenvolvimento daquele país, muito bem referenciados por todo o mundo, falam por si, realidade que os parceiros, como Angola, devem olhar com atenção para, em função das necessidades e objectivos, maximizar os laços baseados na relação em que prevaleça o win-win. As vantagens recíprocas devem ser a divisa das ligações entre os povos, como, de facto as autoridades dos dois países têm procurado fazer nestas mais de duas décadas de relações políticas, diplomáticas, económicas e comerciais.
E atendendo às similaridades entre os dois países, nada melhor que retirar proveitos, como ficou expresso na intervenção do Presidente João Lourenço, quando fez referência que “tal como Angola, a Noruega beneficia de abundantes fontes de produção de energia limpa, daí o facto de a indústria norueguesa ser competitiva e de baixa emissão de carbono. A experiência norueguesa nas energias limpas pode ser melhor aproveitada pelo nosso país para intensificar o investimento na produção de energias sustentáveis”.
Acreditamos que o repto lançado pelo Titular do Poder Executivo à classe empresarial norueguesa foi oportuna quando na fase derradeira do discurso no mencionado fórum, disse que “permitam-me que termine esta minha intervenção reiterando o convite ao sector privado da Noruega a abraçar as enormes oportunidades de negócios que o nosso país oferece”.
Esperemos que os nossos empresários estejam igualmente preparados para os desafios que se virão a impor, relativamente às possíveis parcerias, no médio e longo prazos, à medida que os noruegueses se mostrarem dispostos e disponíveis a preencher o vazio na cooperação no sector não petrolífero.