Participação do país foi positiva
A Vice-presidente da República, Esperança da Costa, anunciou, em Sharm El-sheik, Egipto, afirmou que a participação do país foi positiva, tendo anunciado uma melhoria da estratégia para garantir o desenvolvimento sustentável, no quadro da Agenda 2035.
Ao fazer o balanço da COP27, Esperança da Costa realçou, na altura, que isso será feito tendo em conta uma recuperação da Estratégia Nacional sobre Alterações Climáticas.
Acrescentou que a Estratégia Nacional tem como objectivo fundamental a adaptação e resiliência, em termos de procedimentos, em todo o território. A Vice-presidente da República fez saber, a propósito, que, entre os vários programas implementados com base nas acções de combate às mudanças bruscas do clima, a construção do canal de Cafu, que ajudou a alterar o quadro da seca no Sul do país, é um exemplo bem conseguido.
O canal do Cafu, referiu, visou, fundamentalmente, o armazenamento e distribuição de água, criando, assim, maior disponibilidade para a população desenvolver a actividade agro-pecuária, em prol do seu bem-estar.
Relativamente à produção de energias limpas, Esperança da Costa disse que o posicionamento de Angola permanece na criação da capacidade de explorar segmentos como os da energia fotovoltaica, solar e eólica. No entender da VicePresidente da República, a COP27, que terminou ontem, em Sharm El-sheikh, Egipto, fez compreender que há um grande interesse por parte dos países industrializados em passar para as energias limpas. “Há de facto a necessidade de agora partir para o Fundo de Acção Climática, para incentivar o desenvolvimento de soluções inovadoras com base tecnológica”, disse. Esta posição do Executivo angolano está alinhada com os países menos industrializados, como os Estados africanos, e encontra força na estratégia das Nações Unidas, em relação à qual o Secretário-geral António Guterres foi bastante afirmativo ao colocá-la perante os participantes da COP27. No entanto, Esperança da Costa frisou, ainda, que a presença da comitiva angolana foi frutífera e bastante marcada por vários encontros bilaterais com países de África e da Europa. Em todos, quer os bilaterais quer os multilaterais, “Angola mostrou que está a trabalhar para proporcionar, cada vez mais, desenvolvimento sustentável.
“Queremos manter o apoio daqueles projectos e programas que têm sido, até agora, financiados pelas agências como o Banco Mundial, FIDA e FAO, que trabalham, sobretudo, para a manutenção da sustentabilidade”, disse a Vice-presidente da República.
Em relação aos países africanos, adiantou que Angola vincou o seu posicionamento em alinhar-se na defesa da conservação das florestas e redução das emissões de carbono. A Vice-presidente da República sublinhou que Angola se solidariza, assim, com as várias iniciativas ligadas ao combate às alterações climáticas, que afectam milhares de pessoas. Em todas as ocasiões, o país deixou a sua marca, com contribuições concretas, alertando, sempre, para as consequências.
A 27ª Conferência Mundial sobre Mudanças Climáticas contou com a participação de mais de 120 Chefes de Estado e de Governo, líderes de ONG, instituições ligadas ao ambiente, activistas, grupos comunitários, de reflexão e empresas. Durante 13 dias trabalharam na cidade egípcia de Sharm El-sheik para encontrarem soluções para combater as alterações bruscas do clima.