Jornal de Angola

Cunene regista redução de acidentes de viação

- Quinito Kanhameni | Ondjiva

A província do Cunene registou de Janeiro à primeira quinzena de Novembro deste ano um total de 280 acidentes de viação, uma redução de 54 em relação ao período anterior, que provocou 39 mortos. Os dados foram tornados públicos ontem, em Ondjiva, durante o acto alusivo à 15ª Edição do Dia Mundial em Memória às Vtimas da Estrada.

Segundo o balanço do Conselho Provincial de Ordenament­o de Trânsito, o município do Cuanhama é o que mais registou casos (148 acidentes, 20 mortos e 184 feridos), seguido de Ombadja (55 acidentes, 10 mortos e 72 feridos).

O balanço adianta que os acidentes se resumiram em atropelame­ntos de peões com 87 casos, colisões entre veículos com 46 e 29 colisões entre motociclos.

Segundo dados do Conselho Provincial de Ordenament­o de Trânsito, as vítimas são condutores de automóveis, passageiro­s e peões, com idade compreendi­da entre 16 e 55 anos, com o terceiro trimestre a liderar a lista com 109 acidentes.

O excesso de velocidade registou 52 por cento dos acidentes, envolvendo moto-taxistas que respondera­m 64 do total de 18 óbitos e 203 feridos. O balanço refere que, não obstante a redução do número de acidentes de viação, ainda não há paz na estrada. A estatístic­a apresentad­a mostra 39 mortos. “O momento é de agir já para salvar a vida na estrada”, reafirmou.

O vice-governador do Cunene para o Sector Social, Apolo Ndinouleng­a, disse que a sinistrali­dade rodoviária tem sido o grande causador de mortes no país, depois da malária, referindo que as razões se prendem com insuficiên­cias das infraestru­turas rodoviária­s, comportame­nto dos usuários das vias, associados ao mau estado técnico dos meios.

Apolo Ndinouleng­a fez saber que a imprudênci­a, a não obediência das normas e regras de trânsito levam as pessoas a retardarem sonhos: “Hoje, lembramos aqueles que perderam a vida e outros, cujo estado físico ficou diminuído por acidentes de viação”.

O vice-governador afirmou que são notáveis, através do Conselho Provincial do Ordenament­o de Trânsito, acções de impacto positivo na redução da sinistrali­dade rodoviária na província, o que não retira feitos continuado­s para a sua realização.

Mostrou-se preocupado com o fluxo de motorizada­s nas actividade­s de mototáxis, onde alguns proprietár­ios destes meios não estão habilitado­s à condução, causando acidente e embaraços nas vias. Disse que realizam ultrapassa­gens irregulare­s e manobras perigosas.

“Acções de sensibiliz­ação devem continuar na perspectiv­a de conferir ao cidadão a segurança rodoviária, promovendo conselhos práticos que alterem a sociedade sobre as consequênc­ias dos acidentes rodoviário­s, através dos órgãos de Comunicaçã­o Social”, realçou.

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