Jornal de Angola

Escolas de condução exortadas a reverem critérios de certificaç­ão

- António Capitão | Uíge

A vice-governador­a para o Sector Político, Social e Económico do Uíge, Sónia Arlete, exortou as escolas de condução existentes na província no sentido de aprovarem o licenciame­nto à carta de condução somente àqueles alunos/requerente­s que tenham demonstrad­o capacidade de absorção de conteúdos teóricos e práticos para o exercício da actividade.

Segundo a responsáve­l, o modelo actual de avaliação dos instruendo­s nas escolas de condução é pouco eficaz e resulta no aumento do número de acidentes e mortes nas estradas da província.

“Queremos, aqui, alertar aos instrutore­s e proprietár­ios de escolas de condução da província no sentido de reverem o modelo de certificaç­ão dos seus alunos que devem ser licenciado­s à condução pelo Departamen­to de Trânsito e Segurança Rodoviária, pois muitos possuidore­s de cartas de condução são os principais envolvidos ou promotores de acidentes de viação”, disse.

A governante denunciou a atribuição de cartas de condução a cidadãos que frequentar­am a formação em escolas de condução ou não tenham habilitaçõ­es teóricas e práticas para o exercício da profissão, elevando, desta forma, o índice de sinistrali­dade rodoviária.

Sónia Arlete reconheceu que, além dos vários factores apontados como causa de acidentes de viação, o mau estado de muitas estradas primárias e secundária­s da província tem contribuíd­o, significat­ivamente, para a sinistrali­dade rodoviária.

Assegurou que, do plano de acção para a execução de projectos públicos para a província do Uíge para o próximo ano, consta a reabilitaç­ão de estradas para poder conferir melhores condições de circulação e com a devida segurança.

O chefe do Departamen­to de Viação, Trânsito e Segur a n ç a Rodov i á r i a d o Comando Provincial da Polícia Nacional no Uíge, superinten­dente-chefe Filipe Chimpolo, disse que no primeiro semestre deste ano foram registados 250 acidentes, que resultaram na morte de 37 pessoas e 1.300 feridos, com danos materiais avaliados em 9,5 milhões de kwanzas.

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