Escolas de condução exortadas a reverem critérios de certificação
A vice-governadora para o Sector Político, Social e Económico do Uíge, Sónia Arlete, exortou as escolas de condução existentes na província no sentido de aprovarem o licenciamento à carta de condução somente àqueles alunos/requerentes que tenham demonstrado capacidade de absorção de conteúdos teóricos e práticos para o exercício da actividade.
Segundo a responsável, o modelo actual de avaliação dos instruendos nas escolas de condução é pouco eficaz e resulta no aumento do número de acidentes e mortes nas estradas da província.
“Queremos, aqui, alertar aos instrutores e proprietários de escolas de condução da província no sentido de reverem o modelo de certificação dos seus alunos que devem ser licenciados à condução pelo Departamento de Trânsito e Segurança Rodoviária, pois muitos possuidores de cartas de condução são os principais envolvidos ou promotores de acidentes de viação”, disse.
A governante denunciou a atribuição de cartas de condução a cidadãos que frequentaram a formação em escolas de condução ou não tenham habilitações teóricas e práticas para o exercício da profissão, elevando, desta forma, o índice de sinistralidade rodoviária.
Sónia Arlete reconheceu que, além dos vários factores apontados como causa de acidentes de viação, o mau estado de muitas estradas primárias e secundárias da província tem contribuído, significativamente, para a sinistralidade rodoviária.
Assegurou que, do plano de acção para a execução de projectos públicos para a província do Uíge para o próximo ano, consta a reabilitação de estradas para poder conferir melhores condições de circulação e com a devida segurança.
O chefe do Departamento de Viação, Trânsito e Segur a n ç a Rodov i á r i a d o Comando Provincial da Polícia Nacional no Uíge, superintendente-chefe Filipe Chimpolo, disse que no primeiro semestre deste ano foram registados 250 acidentes, que resultaram na morte de 37 pessoas e 1.300 feridos, com danos materiais avaliados em 9,5 milhões de kwanzas.