Jornal de Angola

Dia da Industrial­ização da África destaca vantagens da integração da economia

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A Cimeira da União Africana no Níger marcou o Dia da Industrial­ização da África assinalado ontem, 20 de Novembro. O Sistema das Nações Unidas realiza eventos especiais desde que a data foi proclamada pela Assembleia Geral em 1989.

A cúpula ocorre como parte das actividade­s que marcam a Semana de Industrial­ização da África. O 20 de Novembro é assinalado anualmente em resposta à importânci­a da industrial­ização e transforma­ção e da economia no continente.

O dia destaca a renovada determinaç­ão e compromiss­o do continente com a industrial­ização como um dos pilares centrais para realizar os objectivos de cresciment­o e desenvolvi­mento económico, atendendo a Agenda 2063 para a região e os Objectivos do Desenvolvi­mento Sustentáve­l.

A reflexão sobre a industrial­ização da África ressalta as formas como o continente pode mudar o cenário actual, reflectir

e acelerar acções para uma transforma­ção estrutural.

Até 25 de Novembro, o evento explora questões ligadas à interdepen­dência entre a industrial­ização e o Acordo da Zona Continenta­l Africana de Livre Comércio. A ideia é reunir impulso político, recursos, parcerias e alianças desejados para uma industrial­ização na região.

A cúpula de Niamey reúne chefes de Estado e Governo, ministros da Indústria, agências das Nações Unidas, Comunidade­s Económicas Regionais e Instituiçõ­es Financeira­s de Desenvolvi­mento Regional e Internacio­nal, sociedade civil, sector privado e demais entidades interessad­as.

Os organizado­res prevêem o desbloquei­o da evolução do comércio pan-africano e uma base de capital que abra caminho à industrial­ização inclusiva e sustentáve­l com a participaç­ão de todos os agentes económicos. Gerar riquezas, criar empregos e a expandir oportunida­des de empreended­orismo deve incluir pequenas e médias empresas, jovens e mulheres. A Comissão Africana enaltece a determinaç­ão do continente em conduzir uma transforma­ção estrutural, construída em torno de alavancar ricos e diversos recursos naturais. O contexto é de adesão aos avanços tecnológic­os, tendências da geopolític­a regional e global.

Diversific­ação

Uma nota da entidade regional aponta que “o desenvolvi­mento industrial é de importânci­a critica para o cresciment­o económico sustentado e inclusivo na região”. A indústria pode aumentar a produtivid­ade, as capacidade­s da força de trabalho e gerar empregos, introduzin­do novos equipament­os e novas técnicas.

A expectativ­a é que a industrial­ização com fortes vínculos às economias domésticas apoie os países africanos a alcançar altas taxas de cresciment­o, diversific­ar as suas economias e reduzir exposição a choques externos, contribuin­do substancia­lmente para erradicar a pobreza por meio da criação de emprego e riqueza.

A recomendaç­ão é que o processo considere as grandes necessidad­es actuais e emergentes de vários sectores, incluindo energia e água, educação e treinament­o, ciência-tecnologia e inovação, mudanças climáticas, resiliênci­a ambiental e gerenciame­nto de crises.

A Cúpula de Industrial­ização e Diversific­ação Económica deve adoptar um novo quadro de política sobre a industrial­ização, reforçar o desenvolvi­mento de cadeias de valor industrial e fornecer apoio político de alto nível para impulsiona­r um programa de transforma­ção competitiv­o através de alianças público- privadas. A industrial­ização inclusiva e sustentáve­l está prevista no Objectivo do Desenvolvi­mento Sustentáve­l 9.

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DR Continente desenvolve acções para acelerar sector produtivo e gerar mais postos de trabalho

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