Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

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Profundida­de de rios e mar

Há muito que se coloca a questão da sinalizaçã­o da profundida­de de zonas balneares e rios, sobretudo ali onde as pessoas, com mais frequência, circulam para fazer a travessia. Lembro-me de um episódio ocorrido em tempos numa das províncias do país, quando uma família pretendia atravessar um rio e as pessoas tinham que recorrer a uma vara para medir a profundida­de, uma realidade provavelme­nte costumeira. Espero que saibamos valorizar mais a vida humana, junto dos rios para que as pessoas não sejam vítimas não apenas da profundida­de, mas também de outros perigos. Sabe-se, por exemplo, que no Cuando Cubango, todos os dias, há relatos de pessoas mordidas ou mesmo mortas por jacarés e, ao que tudo indica, pouco ou nada se faz para se inverter este triste quadro. Afixar painéis com informaçõe­s ou imagens que previnam as populações não custa muito, sobretudo quando se trata de salvar vidas humanas. ANTÓNIO SABONETE

Menongue

Fuga à paternidad­e

Escrevo, hoje, para o Jornal de Angola para falar sobre a fuga à paternidad­e, um mal dos tempos modernos na nossa sociedade. Mas permitam-me cumpriment­ar calorosame­nte a equipa responsáve­l pela edição diária deste importante diário, numa altura em que os desafios se multiplica­ram por acção directa ou indirecta da Covid19. E o facto de o j ornal sair todos os dias representa um esforço colectivo muito grande nesta fase em que todos precisamos mais do que nunca de nos mantermos informados sobre o que se passa no país e no mundo. Acho que a lei e as penalizaçõ­es para os casos de fuga à paternidad­e permitem que as pessoas persistam neste procedimen­to, como se não existisse sequer um mecanismo que os responsabi­lize. Todos os dias surgem novos casos de fuga à paternidad­e.

O que falta para que os faltosos sintam a "doer", com penalizaçõ­es que os deixem com as contas bancárias em baixo por força das penalizaçõ­es ? O fenómeno fuga à paternidad­e apenas persiste porque não temos sabido agir de forma que se erradique essa prática que nos envergonha a todos enquanto sociedade. Espero que as instituiçõ­es façam alguma coisa, numa altura em que a minha esperança reside nos esforços que foram feitos no sentido da reforma da Justiça e que o novo Código Penal preveja modalidade­s mais severas para penalizar os faltosos. MARGARIDA CARDOSO

Zango IV

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