Países do Golfo da Guiné reforçam a cooperação
O número de mortos, vítimas dos militantes aliados do Estado Islâmico e da Al Qaeda que travam a guerra no Sahel, continua a aumentar
Os líderes dos países vizinhos do Golfo da Guiné, Benin, Ghana, Costa do Marfim e Togo, estão desde ontem reunidos em Accra para analizarem sobre como impulsionar a colaboração para melhor combaterem o perigo terrorista.
O número de mortos, vítimas dos militantes aliados do Estado Islâmico e da Al Qaeda que travam a guerra no Sahel, continua a aumentar.
“Esta conferência é oportuna”, disse o Ministro da Segurança Nacional do Ghana aos seus convidados, citado pela Reuters. "É oportuno, porque nos dá a rara oportunidade de reflectir sobre as medidas e estratégias implementadas até agora para enfrentar a ameaça do terrorismo e do extremismo violento." No primeiro trimestre de 2022, a África registou 346 ataques, quase metade dos quais no Oeste do continente, segundo o Albert Kan-dapaah.
O ministro da Defesa britânico, James Heappey, disse na quinta-feira que se juntaria à reunião. “Vou juntar-me a colegas de toda a Europa e da África Ocidental, em Accra, para coordenar a nossa resposta renovada à instabilidade no Sahel”, disse citado pela BBC.
As forças europeias e outras missões de manutenção da paz, incluindo soldados marfinenses e egípcios, operam no Mali há anos como um baluarte contra a propagação da violência islâmica. No entanto, muitos países anunciaram recentemente que retiraram as suas forças do Mali.
A reunião de Accra, surge numa altura em que o Ghama vive um período conturbado pelo despoletar de um caso de corrupção que envolve o governo.
Na quarta-feira, o Presidente do Ghana, Nana AkufoAddo, demitiu Charles Adu Boahen, ministro de Estado das Finanças, depois que alegações de impropriedade foram divulgadas pelo jornalista de investigação Anas Aremeyaw Anas. Segundo a Reuters, Akufo-addo tomou a decisão depois de ter sido informado das alegações" contra Boahen no documentário "Galamsey Economy", que deve ser exibido a partir de hoje e durante dois dias na televisão estatal.
Alguns trechos da reportagem já vazaram e um deles, em especial, tem causado polémica. De acordo com o documentário, Adu Boahen reivindica quase 200 mil dólares de investidores para entregar ao Vice-presidente.
Pouco antes da demissão ser anunciada, o Vice-presidente ghanês disse ter visto o clipe em que Adu Boahen tentava “colectar dinheiro de supostos investidores” em seu nome. "Quero deixar claro que, se o que (o Sr. Boahen) é acusado de ter dito está registado com precisão no vídeo, sua posição é insustentável. Ele deve ser demitido e investigado", escreveu Mahamudu Bawumia no Facebook. "O bem mais valioso na vida é a minha integridade e não permitirei que ninguém use o meu nome para se envolver em corrupção”, referiu.
É oportuno, porque nos dá a rara oportunidade de reflectir sobre as medidas e estratégias implementadas até agora para enfrentar a ameaça do terrorismo e do extremismo violento