Ucrânia não foi o ponto principal das discussões da APEC
Kirill Barsky, embaixador geral do Ministério das Relações Exteriores da Rússia e alto funcionário da Rússia na Cooperação Económica Ásia-pacífico (APEC, na sigla em inglês), falou com a Sputnik sobre as reuniões da APEC na Tailândia.
De acordo com o diplomata russo, a cúpula da APEC confirmou “a forte posição da Rússia tanto na região da Ásia- Pacífico, quanto no próprio fórum”.
Ele rejeitou as teses de que a Rússia foi isolada nos encontros, “embora tenhamos entendido claramente que várias delegações – minorias, mas ainda várias delegações – tinham essa tarefa”, disse o diplomata.
Kirill Barsky afirmou que a Ucrânia “não se tornou o tema principal da cúpula”, e que isso aconteceu apesar do facto de que as delegações dos Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia, Japão, em algumas etapas do fórum de trabalho, levantaram o tema”.
Segundo ele, os documentos finais da APEC citam a questão do conflito ucraniano, apontando que este “é um facto da vida, e que realmente interfere com todos nós”.
Segundo ele, a maioria das economias ou procurou deixar passar em silêncio esse tema, que nada tem a ver com a agenda da APEC, ou apenas se concentrou enfaticamente nas questões económicas.
Para a Rússia, a cúpula demonstrou o interesse da maioria das economias da Ásia- Pacífico na participação russa e na diplomacia multilateral, na cooperação económica e na presença da
Rússia no mercado regional, disse ele.
“A APEC é uma oportunidade valiosa para estarmos conectados aos processos que estão ocorrendo aqui no campo da economia, no campo do comércio e, em geral, às discussões que agora, graças à Tailândia, foram retomadas: são discussões sobre a formação da Área de Livre Comércio da Ásia-pacífico”, disse Barsky.
Ele observou que a Rússia tem muitos aliados na APEC, e citou a China. “A maneira como a Rússia e a China se apoiam no âmbito da APEC mais uma vez atesta a consonância de nossos interesses económicos e a consonância das nossas abordagens em geral para o desenvolvimento do mundo e de nossa região”, concluiu.