Eis aí a festa da bola!...
Meses, semanas e dias de expectativa enorme, em que se viram evolvidos os membros da tribo do futebol, acabaram vencidos pelo tempo. Para alegria de todos, chegou a festa da bola. Os dias que se seguem, até 18 de Dezembro, serão vividos com forte intensidade. Elevar-se-ão os níveis de emoções, porque o futebol tem esta força, esta virtude, esta particularidade.
Envolto em certa controvérsia, o Mundial do Qatar já rola. Selecção anfitriã e Equador trataram, ontem, de descerrar as cortinas do salão da festa, que será vivida pelos quatro cantos do globo, protagonizada por 32 selecções, que prometem bater-se ao limite pela coroa, embora saibamos que, deste número, apenas meia dúzia tem arcaboiço e fibra para discutir o troféu.
Qatar, é para todos os efeitos, a capital de todas as atenções, não fosse o futebol aquilo que é: um fenómeno catalisador de massas, com a faculdade de dominar tudo e todos. Os principais serviços noticiosos, dos medias, abrem outra rubrica, depois do Rússia/ucrânia, para virar o foco em coisa mais positiva, mais nobre, como é o Mundial de futebol.
Durante as próximas quatro semanas, o mundo estará em delírio, porque o futebol tem esta força vulcânica de dividir e juntar homens em termos de convicções clubistas. Teremos acesas discussões nas vitórias, nos empates e até nas derrotas, porque os resultados das equipas nunca serão iguais, como pensamos.
Independentemente de quem venha a erguer a taça no final, o Qatar j á ganhou. Obteve, reconheçamos, uma vitória especial e particular. Foram muitos dias de contestações, mas sem efeito, porque a FIFA confiou-lhe a organização, não em vão, mas em função do seu potencial organizativo, embora não se tenha noção do que pode vir a ser o resultado conclusivo, sendo que as contas se fazem no fim.
Daqui em diante caberá a cada espectador, telespectador ou rádio ouvinte seguir as emoções do rolar da bola nos diversos estádios erguidos para esta Copa, tão aguardada quanto comen
tada, a julgar pelos rumores, menos simpáticos, que se fazem em torno do país organizador.
Mais do que as polémicas fora das quatro linhas, o que todos almejam é assistir- se a um campeonato que encontre na competitividade a sua marca principal, com os craques a fazerem jus ao estatuto que ostentam, levando até nós a magia, o suspense, a loucura e tudo mais que transforma o futebol numa linguagem universal. Até 18 de Dezembro vivamos o melhor do futebol!...