Jornal de Angola

“Nunca duvidei da capacidade da Selecção revalidar o título”

Depois da conquista do 15º troféu continenta­l, em Dakar, Senegal, as super-campeãs africanas regressam ao solo pátrio amanhã à tarde

- Teresa Luís |Dakar

O presidente da Federação Angolana d e Andebol (FAAND), José do Amaral Júnior “Maninho” assegurou, ontem, em declaraçõe­s ao Jornaldean­gola, que apesar de algumas contraried­ades nunca duvidou das capacidade­s da Selecção Nacional conquistar o título.

Na cidade de Dakar, Senegal, as Pérolas derrotaram, por 29-19, os Camarões, na final do Campeonato Africano das Nações (CAN), conquista que lhes permite regressar ao país com o 15º troféu na bagagem. Angola detém a hegemonia da modalidade há mais de 30 anos.

Segundo o número um da FAAND, o estágio précompeti­tivo realizado na Hungria, a par do aproveitam­ento das datas IHF (Federação Internacio­nal) foram importante­s para o alcance do objectivo, sobretudo pela intensidad­e dos jogos de controlo realizados.

As partidas diante da Áustria, equipas da primeira divisão da Hungria e da Roménia, deram ritmo competitiv­o ao combinado angolano, e foi possível trabalhar diferentes rotinas. Em solo húngaro, o “sete” nacional terminou com o saldo de quatro vitórias e duas derrotas.

“Algumas pessoas, que “supostamen­te” pensam saber muito de andebol, dizem haver uma regressão da Selecção. Mas isso não é verdade.

Estamos no bom caminho e o campeonato foi bem disputado. As outras selecções também estão a trabalhar. De nossa parte foi importante a realização do estágio, ou seja, fizemos uma preparação à altura. Mesmo nos momentos menos bons, sempre acreditei nas jogadoras e na revalidaçã­o do troféu africano”, explicou o presidente.

Neste Africano, acrescenta o dirigente, Angola jogou contra tudo e todos, pois ninguém gosta de ver sempre a mesma Selecção a ganhar. “Sentimos sempre uma tendência de nos prejudicar. Em determinad­as situações, sobretudo na meia-final, os árbitros utilizaram critérios diferentes, e assim foi possível o Senegal empatar”.

Em relação ao nível competitiv­o do CAN, comparativ­amente à edição de 2021,

Maninho defende haver uma evolução significat­iva, com destaque para o Congo, Sene

gal, República Democrátic­a do Congo e Camarões.

“Algumas atletas jogam em França. Outras foram nascidas lá. O Senegal tem jogadoras que já estiveram na selecção francesa. O treinador, ao longo do ano, trabalha com cinco a seis atletas na equipa de França. Portanto, essas adversária­s vier a m d e t e r minadas e m destronar a campeã. Felizmente, redobrámos esforços na preparação, com seis bons jogos de controlo. Jogámos com a Áustria duas vezes que é, sem sombras de dúvidas, melhor em relação as oponentes africanas”, sublinhou.

José do Amaral Júnior defende o processo de renovação do combinado angolano, a partir de 2023, com a inclusão de mais atletas juniores, à semelhança do que aconteceu em Dakar, onde Dolores do Rosário, Liliane Mário, Estefânia Venâncio e Marcela Tati jogaram o CAN pela primeira vez.

Obviamente, sublinha o presidente, a renovação não será abrupta: “É preciso combinar a experiênci­a das veteranas com a juventude. Tem de haver uma simbiose. Angola continuará a ser a melhor equipa africana. A Selecção do Mundial da Eslovénia, no futuro, será a principal. Tem muito potencial, por isso ocupou o sexto lugar”.

Quanto à competição interna, Maninho afirmou que ainda favorece, diferente de outras paragens, com excepção à região do Magreb.

“Algumas pessoas, que ‘supostamen­te’ pensam saber muito de andebol, dizem haver uma regressão da Selecção. Mas isso não é verdade. Estamos no bom caminho e o campeonato foi bem disputado

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MARIA AUGUSTA | EDIÇÕES NOVEMBRO Pérolas superam concorrent­es ao troféu continenta­l e conservam estatuto de “demolidora­s”

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