Oposição denuncia fraude
O Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, que concorre ao sexto mandato, após 43 anos no poder, manifestou-se confiante na reeleição nas presidenciais realizadas domingo, denunciadas como fraudulentas pela oposição.
“O Partido Democrático da Guiné Equatorial (PDGE) semeou muito e vai colher o que semeou nestas eleições”, afirmou Obiang depois de votar na capital, Malabo.
Em breves declarações na televisão estatal, o Presidente afirmou, citado pela Efe, disse que o PDGE “tem demonstrado capacidade e “a decisão é do povo”, acres
centando que, por isso, “tem que apoiar massivamente o programa” do seu partido.
Antes, Andrés Esono, candidato da Convergência Para a Democracia Social (CPDS), único partido de verdadeira oposição autorizado, votou no bairro Alcaide de Malabo, na ilha de Bioko, e disse ter recebido “queixas de todos os cantos do país”, com alegações de “fraude massiva” e irregularidades.”não está a deixar-se a população a votar livremente”, disse.
Também o partido da oposição Cidadãos pela Inovação (CI) questionou a transparência das presidenciais .
As eleições presidenciais de domingo coincidem com eleições legislativas, senatoriais e municipais, o que constitui uma infração à Constituição equato-guineense, que exclui a realização simultânea das presidenciais com outros plebiscitos.
As presidenciais estavam, por outro lado, previstas para Abril próximo, sendo esta antecipação também excluída na Magna Carta do país.
Um total de 427.661 eleitores, entre uma população de 1,45 milhões de habitantes, escolheu o Presidente do país para os próximos sete anos e os deputados para a Câmara Baixa do Parlamento em Malabo, onde actuamente o Partido Democrático da Guiné Equatorial, ocupa 99 assentos e 70 no senado.
São candidatos à Presidência, Teodoro Obiang, líder do PDGE, Andrès Esono Ondo, presidente do partido da Convergência para a Democracia Social (CPDS), o único partido da oposição que não está proibido, e o líder do Partido da Coligação Social Democrática (PCSD), Buenaventura Monsuy Asumu, um senador e aliado crónico de Obiang, que concorre contra o Presidente do país pela quinta vez, oferecendo ao regime um simulacro de democracia.