Domingos Pereira destaca “grandeza” do PAIGC
Domingos Simões Pereira, reeleito ao cargo de presidente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), destacou que a sua agremiação política mostrou, “grandeza, democracia e pluralidade", durante o X Congresso que iniciou quinta-feira e terminou ontem.
“Este é o PAIGC a mostrar a sua grandeza, o PAIGC da democracia, abertura e da pluralidade. Todos os quadrantes e todas as sensibilidades do partido tiveram a oportunidade de expressar o seu sentimento, puderam desenvolver uma moção estratégica e apresentaram aos delegados", afirmou o líder do partido em declarações aos jornalistas.
Domingos Simões Pereira, que é presidente do partido desde 2014, foi reeleito com 1.162 votos dos 1.268 votantes do Congresso, realizado sob o lema “Consolidação da Coesão Interna, à luz do pensamento de Amílcar Cabral, pelo resgate do poder popular e promoção do desenvolvimento".
O político disputou a liderança do partido com Octávio Lopes, João Bernardo Vieira e Edson Araújo, disse que os delegados ao Congresso expressaram livremente o seu do sentimento.
“A partir deste momento há uma direção, há um presidente, vai haver um rumo e vamos convocar toda a família do PAIGC para, de facto, transformarmos a aspiração do povo guineense num programa, num compromisso, numa visão de futuro", afirmou.
Questionado pela Lusa sobre a expressiva vontade dos delegados do Congresso em relação à direção do part i do, Domingos Simões Pereira disse que os delegados exprimiram os mesmo sentimento “em relação à Nação guineense".
"Os delegados do Congresso quiseram dizer à Nação guineense que o PAIGC está pronto para um compromisso de futuro que permita resgatar esta desgovernação e esta deriva que está a acontecer e repor a todos os cidadãos guineenses o direito de sonhar, o direito de trabalhar para o futuro e o direito de acreditar que é possível", salientou.
O PAIGC deveria ter realizado o X Congresso em Fevereiro, mas o evento foi adiado devido às restrições sanitárias impostas pelo Governo para combater a pandemia da Covid-19.
Questões judiciais, algumas das quais levaram à intervenção das forças de segurança, impediram o partido de realizar o Congresso por mais três vezes.
O arranque do evento, na sexta-feira, ficou marcado com a entrada de Polícia na sala onde decorria a reunião magna do partido para deter o antigo Primeiro-ministro Aristides Gomes, que chegou nesse dia ao país.
Aristides Gomes saiu da sala e, segundo fontes partidárias, está em segurança.