Jornal de Angola

Campeãs africanas regressam hoje com a taça na bagagem

Em Dakar, sob orientação de Vivaldo Eduardo, as Pérolas vergaram por 29-19, na final diante dos Camarões

- Teresa Luís | Dakar

Depois do feito histórico que foi a conquista do décimo quinto título africano, a Selecção Nacional sénior feminina de andebol regressa hoje, às 11h30, a Luanda, com mais um troféu continenta­l na bagagem, resultado dos mais de 30 anos de hegemonia em África.

Em Dakar, sob orientação técnica de Vivaldo Eduardo, mais uma vez as Pérolas brilharam ao baterem por 291 9, na f i nal diante dos Camarões. Desde a primeira conquista do troféu, em 1989, 33 anos passaram e o combinado angolano continua a liderar no continente.

O feito alcançado resulta, em grande medida, do trabalho realizado pelos clubes, com destaque para o 1º de Agosto e para o Petro de Luanda, melhores do país e de África, que durante décadas fornecem os melhores activos para o “sete” nacional.

Em declaraçõe­s ao Jornal deangola, Nelson Catito, técnico-adjunto da Selecção, defendeu que no CAN do Senegal, Angola só precisou de fazer o trabalho e conquistou o título por mérito próprio. “Tínhamos consciênci­a que as coisas não

seriam fáceis e que iríamos encontrar muitos obstáculos. Quero aqui deixar um repto: respeitamo­s as outras equipas. Os angolanos, em geral, precisam de saber que as outras selecções evoluíram. Não há facilidade­s. Temos de continuar a ter cautelas e fazer bem o nosso trabalho. Só assim a hegemonia vai continuar a seguir o seu percurso”, explicou.

Segundo Catito, todas as partidas do "Africano" foram difíceis e as adversária­s estavam determinad­as a ganhar. Apesar das contraried­ades, em nenhum momento a equipa técnica e as atletas pensaram na possibilid­ade de falhar o objectivo.

“Jamais duvidamos das nossas competênci­as ou do trabalho que viemos cá fazer. O estágio pré-competitiv­o, realizado na Hungria, foi de grande importânci­a. Teve o seu valor e ajudou-nos muito. Só assim a equipa esteve encontrada e pode, jogo após jogo, fazer o seu trabalho e conquistar o título”.

O técnico- adjunto de Angola reconheceu que, durante a prova, nem sempre as jogadoras se apresentar­am ao melhor nível.

“Na fase final foi possível

vê-las a fazerem o melhor na quadra de jogos, pois tinham orientaçõe­s a cumprir e assim o fizeram”. Relativame­nte às estreantes, acrescento­u, “estiveram bem a sua dimensão. Elas vão entrando para o xadrez da Selecção, à medida que o tempo vai passando”.

Teresa Almeida “Bá”, Helena de Sousa e Marta Alberto ( guarda- redes), Liliane Mário, Estefânia Venâncio e Liliana Venâncio (pivôs), Helena Paulo, Isabel Guialo e Marília Quizelete (centrais), Dolores do Rosário e Natália Kamalandua (pontas direita), Natália Bernardo e Marcela Tati (pontas esquerda), Wuta Dombaxi, Juliana Machado e Suzeth Matias ( laterais direita), Stélvia Pascoal e Magda Cazanga (laterais esquerdo) são as obreiras da conquista do 15º título.

A delegação angolana foi chefiada pela vice-presidente da Federação, Nair Almeida e Divaldo da Conceição foi o coordenado­r. Vivaldo Eduardo (selecciona­dor), Nelson Catito e Luís Chaves ( técnicosad­junto), Mauro Cassoma (seccionist­a), António Neto (médico) e Graça Monteiro (fisioterap­euta) compõem a delegação angolana.

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MARIA AUGUSTA | EDIÇÕES NOVEMBRO Desde a primeira conquista em 1989, o combinado angolano continua a liderar no continente

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