Jornal de Angola

Golo de camaronês Embolo garante triunfo aos helvéticos

Depois de uma 1ª parte equilibrad­a, relógio suíço entrou para o segundo tempo da melhor forma e deu horas mais cedo

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nos Camarões, foi o avançado Breel Embolo quem domou os Leões Indomáveis e permitiu à Suíça entrar no Mundial' 2022 com o pé direito, ao vencer por 1-0. O quinto dia da prova arrancou da melhor forma, com um jogo intenso e apelativo, que até merecia mais golos, face ao que as duas equipas fizeram em campo.

O 5º dia de Mundial começou com um duelo inédito entre Suíça e Camarões, que procuravam ambos entrar a vencer para alimentar as suas ambições de avançar para a fase a eliminar, num grupo que conta ainda com o favorito Brasil e a Sérvia. Equilibrad­o, mas sem golos, frente-afrente estavam dois estilos de jogo bastante distintos e que ficaram bem patentes desde logo nos primeiros minutos.

A Suíça mostrou-se mandona, a pressionar muito alto e não facilitand­o aos Camarões ter e conseguir controlar a bola no seu meio-campo. O conjunto africano, comandado pelo histórico Rigobert Song, por sua vez, e percebendo essa pressão, apostava na coesão defensiva e na transição rápida para o ataque, tentando potenciar as caracterís­ticas de uma frente de ataque com Mbeumo, TokoEkambi e Choupo-moting. Ora, essa pressão helvética resultou durante algum tempo, com a Suíça a sufocar os Camarões e estes a não conseguire­m sair da sua primeira fase de construção.

Os suíços, apesar disso, estavam com algumas dificuldad­es criativas no último terço e apenas criavam perigo a partir da meia-distância e da profundida­de dada pelos seus extremos, com destaque para Vargas na esquerda - a equipa crescia quando Shaqiri ia da direita para o meio.

Os Camarões, por sua vez, perceberam essas dificuldad­es e, numa primeira instância, baixaram o bloco e preocupara­m-se mais com a coesão defensiva, apostando na tal transição rápida, onde até criaram as melhores oportunida­des da primeira parte - destaque para o falhanço de Choupo-moting, aos 14', na cara de Sommer. Com o passar dos minutos, no entanto, a pressão da Suíça foi baixando, naturalmen­te, de intensidad­e e os Camarões souberam ler o jogo, passando a dividi-lo melhor e tendo mais bola no ataque organizado. O conjunto africano demonstrav­a algumas dificuldad­es no capítulo da decisão, mas estava tacticamen­te bem e o jogo ficou partido, trazendo uma velocidade apelativa para os últimos minutos. O 0-0 assentava bem ao intervalo pelo equilíbrio, mas o jogo estava interessan­te e merecia golos. E o relógio tocou cedo. Depois de uma 1ª parte com potencial, o relógio suíço entrou para o segundo tempo da melhor forma e deu horas mais cedo, aos 48 minutos. Aproveitan­do o mau posicionam­ento no miolo camaronês, os comandados de Murat Yakin fizeram uma jogada bem construída, que passou por todos os corredores, e foi finalizada por Embolo - que, curiosamen­te, nasceu nos Camarões -, após cruzamento de Shaqiri na direita. Estava aberto o marcador e as dinâmicas do jogo mudaram, obrigatori­amente, bastante cedo.

Em desvantage­m, os Camarões foram obrigados a abdicar da coesão defensiva que haviam tido ao longo da maioria da primeira parte, e isso partiu claramente o jogo, dando mais espaço à Suíça e fazendo com que o ritmo e oportunida­des de golo aumentasse­m. ChoupoMoti­ng, num grande lance individual, quase empatava pouco depois ( Sommer esteve, mais uma vez, bem), mas a verdade é que foi a Suíça quem esteve quase sempre melhor a partir daí.

O conjunto europeu estava a saber gerir o ritmo de jogo a seu proveito, e a tal menor organizaçã­o defensiva camaronesa - por estarem balanceado­s para o ataque - e por vá r i a s vezes podi a t e r ampliado a vantagem, até porque Camarões parecia jogar cada vez mais com o coração do que com a cabeça. De resto, até o benfiquist­a (emprestado ao Galatasara­y) Seferovic teve uma oportunida­de tremenda nos descontos, mas permitiu o corte de Castellett­o e o 1-0, merecido, para a Suíça persistiu até à final.

Os comandados de Murat Yakin fizeram uma jogada bem construída, que passou por todos os corredores, e foi finalizada por Embolo-que, curiosamen­te, nasceu nos Camarões- após cruzamento de Shaqwiri na direita

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DR Atacante nascido em terras de Roger Mila marcou o tento que ditou derrota dos compatriot­as

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