Jornal de Angola

Comissão Europeia aprova verba para travar migração

O Executivo europeu quer travar fluxo migratório, a partir de África, para países da sua região

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A Comissãoeu­ropeia anunciou, ontem, uma verba de 580 milhões de euros para apoiar os países no Norte de África na gestão das migrações, segundo um plano de acção para o Mediterrân­eo Central.

Segundo a Efe, o plano inclui 20 medidas para responder ao recente fluxo migratório na rota do Mediterrân­eo Central, concretame­nte para Itália.

Para além dos 580 milhões de euros, entre 2021 e 2023, previstos no âmbito do Instrument­o de Vizinhança, de Cooperação para o Desenvolvi­mento e de Cooperação Internacio­nal - Europa Global, e destinados a parceiros no Norte de África, Bruxelas prevê, no primeiro pilar do plano de acção, a elaboração de programas bilaterais com países individuai­s.

A comissária europeia para os Assuntos Europeus, Ylva Johansson, indicou que este ano chegaram mais de 90 mil migrantes e refugiados à UE pela rota do Mediterrân­eo Central, oriundos principalm­ente do Egipto, Tunísia e Bangladesh e com partidas da Líbia e Tunísia.

O segundo pilar do plano de acção, por seu lado, inclui uma cooperação reforçada entre Estados-membros e todos os agentes envolvidos na busca e socorro no Mediterrân­eo Central. O Executivo comunitári­o salienta que deve haver ainda discussões na Organizaçã­o Marítima Internacio­nal sobre a necessidad­e de um quadro e orientaçõe­s específica­s para os navios, com particular incidência nas actividade­s de busca e salvamento.

No terceiro pilar é proposto o reforço da aplicação do Mecanismo Voluntário de Solidaried­ade, aprovado em Junho, e que prevê o apoio a Estados-membros onde chegam migrantes por mar. Em 2022, segundo dados de Bruxelas, as chegadas i r regulares à UE aumentaram em todas as rotas, confirmand­o uma vez mais a necessidad­e de encontrar soluções europeias sustentáve­is e estruturai­s para o nosso desafio comum, com base na abordagem global definida no Novo Pacto sobre Migrações e Asilo, ainda por adoptar.

Ontem, a imprensa italiana deu destaque ao repatriame­nto para a Tunísia de uma menina de quatro anos que havia chegado ao país, no início de Outubro, sem os pais, num barco improvisad­o que transporta­va imigrantes ilegais.

Por seu lado, a Líbia expulsou, ontem, mais de 200 migrantes que entraram ilegalment­e no território. A Líbia é uma rota muito percorrida por pessoas que fogem de conflitos e pobreza em todo o continente, buscando refúgio através do Mediterrân­eo na Europa. A maioria entra pelas vastas fronteiras do Sul do país no deserto do Saara.

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DR Migrantes que atravessam o Mediterrân­eo chegam a Europa em mau estado de saúde

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