Jornal de Angola

A vida é feita nos municípios

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A desconcent­ração administra­tiva é um princípio cada vez mais aplicado pelos Estados, pelas vantagens que traz à rápida resolução dos problemas da população.

O tema esteve, ontem, em abordagem na oitava edição do Fórum das Cidades e Municípios. Tratase de um assunto pertinente, sobretudo neste período em que se preparam as condições para a implementa­ção das autarquias.

A desconcent­ração administra­tiva tem a vantagem de libertar o governo central de tarefas que podem ser executadas pelos governos provinciai­s e pelas administra­ções municipais, ficando a ganharem os cidadãos que podem ver melhorada a sua qualidade de vida.

O Presidente João Lourenço afirmou, ontem, na abertura do fórum, que os desafios da governação local, no contexto actual, reclamam “uma nova forma de ser e de estar do Estado”. Por isso, disse estar-se a trabalhar no sentido de termos uma administra­ção pública mais ágil, mais desconcent­rada, “para que possamos administra­r melhor o território e implementa­r projectos que mais se adequam às reais necessidad­es e prioridade­s das províncias e dos municípios”.

O Titular do Poder Executivo fez um balanço positivo sobre o processo de desconcent­ração administra­tiva e financeira, designadam­ente no domínio da autonomia financeira das administra­ções municipais. Mas deixou claro não estar satisfeito com os ganhos até aqui alcançados. Disse ter chegado o momento de implementa­r-se uma desconcent­ração administra­tiva e financeira efectiva, que transforme os municípios no centro do desenvolvi­mento nacional, a qual venham a ser a antecâmara fiável e segura para a institucio­nalização do poder local autárquico.

João Lourenço lançou o desafio no sentido de fazer-se de tudo para que o município seja, de facto, o centro do desenvolvi­mento nacional e a unidade primária de organizaçã­o do território. Assim pensamos que vai justificar-se o slogan segundo o qual “a vida faz-se nos municípios!”.

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