Jornal de Angola

Ataque ou tentativa de golpe?

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Na madrugada do dia 25, quatro homens atacaram o quartel das Forças Armadas, na capital são-tomense, num assalto que se prolongou por quase seis horas, com trocas de tiros e explosões, durante o qual fizeram refém o oficial de dia, que ficou ferido com gravidade devido as agressões.

O ataque foi neutraliza­do pelas 06h00 locais, com a detenção dos quatro assaltante­s e de 12 militares suspeitos de envolvimen­to na acção, que foi classifica­da pelas autoridade­s são-tomenses como “uma tentativa de golpe de Estado” e condenada pela comunidade Internacio­nal.

Os militares também detiveram, na sua casa, Arlécio Costa, antigo oficial do Batalhão Búfalo que foi condenado em 2009 por uma tentativa de golpe de Estado, e que terá sido identifica­do pelos atacantes como mandante.

Três dos quatro atacantes e Arlécio Costa morreram na sexta-feira e imagens dos homens com marcas de agressão, ensanguent­ados e com as mãos amarradas atrás das costas, ainda com vida e também já na morgue, foram desde esse dia amplamente divulgadas nas redes sociais.

O chefe do Estado-maior das Forças Armadas, brigadeiro Olinto Paquete, afirmou, no domingo, que os três assaltante­s morreram na sequência de uma explosão quando os militares procuravam libertar o refém e Arlécio Costa porque se “atirou da viatura”.

Nas primeiras horas após o ataque, os militares também detiveram, na sua casa, o expresiden­te da Assembleia Nacional Delfim Neves, alegadamen­te, identifica­do pelos atacantes como outro mandante do assalto.

Delfim Neves foi libertado na segundafei­ra, após ter sido presente à juíza de instrução criminal, com apresentaç­ão periódica às autoridade­s e termo de identidade e residência, e nega qualquer envolvimen­to neste acto, que descreveu como “uma montagem” para o incriminar.

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