Bielorrússia mantém exército em prontidão para qualquer eventualidade
O ministro da Defesa da Bielorrússia, Viktor Khrenin, disse ontem, durante uma reunião com altas patentes do exército que, à luz da militarização em andamento nos países vizinhos, a Bielorrússia precisa estar pronta para defender qualquer desafio que surja em seu território.
“Naturalmente somos obrigados a responder a tudo o que acontece e a preparar as nossas forças armadas, o seu estado, antes de tudo, para a defesa do nosso território”.
De acordo com Khrenin, a Bielorrússia está ciente da militarização activa nos países vizinhos, mas não acredita que as hostilidades contra ela possam começar num futuro próximo.
No encontro que ocorreu entre pessoal do exército, polícia e os serviços de segurança do Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, ficou claro, de acordo com o ministro da defesa daquele país, que a situação militar na região, “não está a melhorar”.
“Usando os nossos próprios indicadores, para colocar em termos militares, vemos que a situação não está a melhorar. Não quero meter medo às pessoas, e dizer que uma guerra comece amanhã”, tendo adiantado mais à frente que “o presidente enfatizou no seu relatório: não há preparativos directos para a guerra”.
Khrenin, observou que, à luz da militarização em andamento nos países vizinhos, os órgãos militares, de segurança e de aplicação da lei “naturalmente, são obrigados a responder a tudo o que acontece e a preparar as suas forças armadas, o seu estado, antes de tudo, para a defesa do nosso país”.
Em finais de Novembro, o presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, disse que o acúmulo de forças da OTAN no flanco Oriental da aliança sob o pretexto de conter a Rússia e os seus aliados era de facto o equivalente a uma tentativa de estudar e dominar um potencial teatro de operações de combate.
Anteriormente, Minsk apontou repetidamente para o acúmulo de forças armadas nacionais e grupos da OTAN na Polónia e nos estados Bálticos.
Em Outubro, Lukashenko anunciou que a Bielorrússia havia começado a formar um grupo regional de tropas. O pessoal militar bielorrusso constituirá a espinha dorsal do grupo.
A decisão relativa a este grupo foi tomada durante as negociações com o Presidente russo, Vladimir Putin, face ao agravamento da situação nas fronteiras ocidentais do Estado da União.