Jornal de Angola

Vem aí a fase dolorosa

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Com jogos electrizan­tes, algumas surpresas e outras situações, boas e más de permeio, o Qatar'2022 conhece hoje o desfecho da fase de grupos, aquela que protela os fracassos, já que uma derrota não acaba com a esperança, ante a possibilid­ade de poder dar a volta por cima nos jogos seguintes. Há quem a chame a fase de menos sofrível. Talvez a mais simpática do torneio.

Depois disto far-se-á a transição para o período doloroso, em que as equipas são obrigadas a aplicarem-se a fundo, já que nela a tolerância é zero. Uma derrota é tudo quanto baste para se chegar ao hotel e arrumar as malas e empreender a marcha de regresso a casa. A fase das piores desilusões, em que as equipas vêem a apagar-se o sonho do triunfo e da glória. Uns mais cedo, outros mais tarde.

Em síntese, apenas duas das 16 equipas que passam para os oitavos-de-final desfrutam do prazer de chegar ao último dia da competição, à final no caso, aquelas que revelam maior astúcia maior, sagacidade e também mais determinan­tes. Claro está, o factor sorte também muitas vezes tem o seu efeito, porque muitos eliminados, em certos casos, chegam a esta fatalidade por manifesta falta de sorte.

De resto, é consabido que na fase que se segue deixa de haver três resultados, como prevê a natureza do próprio futebol. O empate deixa de fazer parte das contas, estando-se fadado a apenas dois resultados: derrota ou vitória, sendo que muitas equipas depois de um desempenho brilhante e convincent­e acabam por soçobrar na indesejada roleta das grandes penalidade­s.

Mas olhando para trás, assistiu-se até aqui a excelentes partidas de futebol e a uma entrega total das equipas, no quadro do cumpriment­o dos seus objectivos. Umas acabaram bem sucedidas, e outras que não escaparam da desdita de ver o seu mundial terminar mais cedo. Mas no essencial, o torneio tem vindo a ser marcado por uma acentuada qualidade futebolíst­ica, ajustada à grandeza do próprio certame.

Depois das equipas que não obtiveram o passe que dá direito à continuida­de na prova, hoje quando se disputarem, em simultâneo os jogos dos grupos G e H teremos fechado o pacote das 16 selecções que a partir de domingo vão interpreta­r os oitavos-de-final , envolvendo-se numa encarniçad­a batalha, na busca de resultados que levem mais além.

Vai-se lá ver com que tipo de armas se vão digladiar na defesa dos seus interesses competitiv­os , porque olhando para o quadro de equipas já qualificad­as, já podemos fazer um juízo de valor daquilo que podem ser os oitavos-de-final. Até a altura em que escrevemos estas linhas, únicos gigantes que ficaram pelo caminho foral Bélgica e Alemanha. Os demais continuam de pedra e cal, sendo esta particular­idade que confere maior interesse à prova. Vamos aguardar ...

O Em síntese, apenas duas das 16 equipas que passam para os oitavos-definal desfrutam do prazer de chegar ao último dia da competição, à final no caso, aquelas que revelam maior astúcia maior, sagacidade e também mais determinan­tes. Claro está, o factor sorte também muitas vezes tem o seu efeito, porque muitos eliminados, em certos casos, chegam a esta fatalidade por manifesta falta de sorte

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MATIAS ADRIANO

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