Provedoria de Justiça quer cooperar com a Noruega
A provedorade Justiça, Florbela Araújo, manifestou, ontem, a intenção em cooperar com a Embaixada da Noruega em matérias ligadas aos direitos humanos e protecção de “crimes contra a tortura”.
Florbela Araújo, que falava durante um encontro com o embaixador norueguês em Angola, Bjornar Dahl Hotvdt, disse pretender ainda da Missão Diplomática daquele país europeu a cooperação para a criação de condições para que seja atribuída ao provedor de Justiça a categoria de Instituição Nacional de Direitos Humanos e Entidade de luta de Crimes contra a Tortura, à semelhança de países como Portugal, Espanha, África do Sul e Cabo Verde.
O diplomata norueguês destacou a importância do papel do provedor de Justiça como instituição que vela pelos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, tendo aproveitado o ensejo para partilhar a sua experiência em sessões anuais sobre a temática ligada aos direitos dos cidadãos.
Bjornar Dahl Hotvdt referiu ainda que, a par dos assuntos relacionados com os direitos humanos, Angola e Noruega mantêm relações estratégicas, caracterizadas pela diplomacia económica. Estas relações, referiu, têm contribuído na inserção de quadros angolanos no mercado de trabalho.
O embaixador realçou que a recente visita do Presidente João Lourenço ao Reino à Noruega reforçou os laços de cooperação entre os dois países, o que permitiu, de certa forma, maior cooperação entre a Embaixada norueguesa e instituições locais de direitos humanos.
No final, em gesto de balanço, a provedora de Justiça considerou positivo o encontro de trabalho com Bjornar Hotvdt, a quem solicitou o apoio da Noruega para a candidatura de Angola junto da Aliança Global de Instituições Nacionais de Direitos Humanos.
O diplomata reconheceu o desafio que a provedora de Justiça de Angola enfrenta para o alcance dessa qualificação e garantiu apoio e transmissão de experiência para o cumprimento deste desiderato.