Jornal de Angola

Estado garante financiame­nto para ampliar o abastecime­nto de água

O CNE, juntamente com outras organizaçõ­es, vai continuar a trabalhar para uma utilização cada vez mais equitativa dos recursos hídricos no seio das comunidade­s, empreenden­do esforços para mitigar a seca no Sul do país

- Mazarino da Cunha|

A Vice-presidente da República, Esperança da Costa, a s s egurou, ontem, e m Luanda, que estão criadas as condições jurídicas, administra­tivas, técnicas e financeira­s para o lançamento dos projectos que vão garantir o acesso universal à água potável às populações de Angola.

Falando na 7ª Sessão Ordinária do Conselho Nacional de Águas (CNA), Esperança da Costa disse que diante da importânci­a que os recursos hídricos assumem na vida de todos é urgente articular os diferentes sectores envolvidos nas questões de planeament­o, gestão e utilização desses recursos, com vista a satisfação das necessidad­es da população, especialme­nte, as das zonas rurais.

O quinquénio 2023-2027, frisou a Vice-presidente da República, exige um conjunto de tarefas que visam o aproveitam­ento sustentáve­l dos recursos hídricos, que se afiguram, cada vez mais, valiosos e indispensá­veis para o desenvolvi­mento dos sectores produtivos e o bemestar de todos.

Esperança da Costa referiu que é necessário e essencial uma redobrada atenção para as populações ribeirinha­s, cuja vida está dependente da qualidade da água do rio, dos recursos naturais e dos serviços ecossistém­icos que oferecem estabilida­de íntegra.

O CNA, juntamente com os demais sectores e organizaçõ­es, disse a Vice-presidente da República, deve continuar a trabalhar para uma utilização cada vez mais equitativa dos recursos hídricos no seio das comunidade­s rurais, bem como a continuida­de em empreender esforços para mitigar a seca no Sul de Angola.

De acordo com a também coordenado­ra do CNA, os documentos apreciados e aprovados, terão, certamente, de proporcion­ar as condições para o lançamento do trabalho que vai permitir às populações terem acesso universal à água potável.

A realização da 7ª Sessão Ordinária do Conselho Nacional de Águas, a primeira presidida por Espera nça da Costa , é uma plataforma institucio­nal permanente e de consulta técnica do Titular do Poder Executivo que impõe uma adequada concertaçã­o com os diferentes sectores.

“Ciente das limitações f i nanceiras que o país enfrenta, estamos confiantes que, por via do conselho, trabalhare­mos todos para encontrar as melhores soluções no sentido de mitigar os inúmeros problemas que limitam o acesso à água e à busca de segurança hídrica, no quadro das alterações climáticas”, realçou.

Gestão Hídrica

O Conselho Nacional de Águas, citou a Vice-presidente da República, deve ser reforçado na sua posição, no quadro da gestão hídrica, tendo em conta que Angola apresenta um mapa hidrográfi­co complexo, rico e também vulnerável, quer no contexto das alterações climáticas, como no âmbito dos factores geopolític­os.

Segundo a coordenado­ra do CNA, os eventos de “stress hídrico", como a seca severa no Sul do país, devem merecer toda atenção, enfatizand­o que os projectos estruturan­tes de combate à seca implementa­dos na província do Cunene estão a dar resultados satisfatór­ios nas populações afectadas.

A construção do sistema de transferên­cia de águas a partir do rio Cunene para a Bacia Hidrográfi­ca do Cuvelai, a construção das barragens do rio Calucuve e rio Ndúe, bem como os respectivo­s canais, a concretiza­ção do Projecto do Cafu é hoje um exemplo do que é recomendáv­el fazer em situações de seca extrema.

Na 7ª Sessão Ordinária do Conselho Nacional de Águas, reiterou a Vice-presidente da República, foi feito, no essencial, o balanço do exercício do período 2017-2022 e também perspectiv­ar para a organizaçã­o e funcioname­nto do CNA, dando espec i a l at e nção à s l i n h a s orientador­as deste órgão especializ­ado para os próximos cinco anos.

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CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO Vice-presidente da República, Esperança da Costa, destacou a importânci­a da água para o desenvolvi­mento do sector produtivo

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