Relatório global da OMS sobre a equidade em saúde para pessoas com deficiência
O novo relatório global sobre a equidade em saúde para pessoas com deficiência estabelece uma linha de base importante, mostrando que 1,3 mil milhão de pessoas, em média uma em cada seis pessoas em todo o mundo, têm uma deficiência significativa, disse, o director da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O relatório, adiantou Tedros Ghebreyesus, também mostra que as pessoas com deficiência enfrentam desigualdades de saúde, que resultam em maus resultados de saúde, incluindo morte prematura, maior risco de diabetes, acidente vascular cerebral ou depressão e limitações significativas no funcionamento do dia-a-dia.
“No entanto, esses resultados não são o da condição de saúde ou comprometimento subjacente à deficiência de uma pessoa. Eles estão associados a factores injustos que são evitáveis, incluindo estigma, exclusão da educação ou do emprego e pobreza”, criticou, acrescentando que os sistemas de saúde devem aliviar essas iniquidades, mas muitas vezes elas as exacerbam, por exemplo, por meio de instalações de saúde inacessíveis.
Por exemplo, destacou, a OMS recomenda que os países considerem a inclusão de serviços para deficiências específicas e condições de saúde, como lesões na medula espinhal ou paralisia cerebral, em pacotes de cuidados.
“Ospaísestambémdevemimplementarainclusão depessoascomdeficiênciacomopartedaeducação e treinamento de profissionais de saúde e cuidados, em campanhas de saúde pública e em planos de preparação e resposta a emergências de saúde”.
Durante a pandemia de Covid-19, às pessoas com deficiência estiveram frequentemente entre as mais marginalizadas, sofrendo desproporcionalmente tanto com o próprio vírus quanto com algumas das medidas de saúde pública e sociais tomadas pelos governos. “Tornar os sistemas de saúde mais inclusivos não é apenas a coisa certa a fazer, é também economicamente inteligente”, concluiu.