Europa não é forte sem os Estados Unidos da América
A Primeira- Ministra da Filândia, Sanna Marin, disse, num evento na Austrália, que a Europa sem o apoio dos EUA não é forte.
As declarações foram feitas numa altura em que circulam notícias na imprensa internacional que os estoques de armas de diversos países europeus estão a esgotar, enquanto o bloco continua a financiar o conflito na Ucrânia tendo a Primeira-ministra
salientando que a Europa precisa ter as suas próprias capacidades de defesa.
Segundo ela, sem a ajuda dos EUA, o bloco não seria resiliente o suficiente.
“E vou ser brutalmente honesta com você, a Europa não é forte o suficiente. Estaríamos em apuros sem os Estados Unidos”, comentou.
As observações foram feitas após a Primeira-ministra da Finlândia ser questionada sobre a responsabilidade da China no conflito entre Rússia e Ucrânia. Sobre o assunto, Marin disse que, embora a China possa desempenhar um papel, “não devemos confiar apenas nisso”.
Marin insistiu que a Ucrânia deve receber “o que for preciso” para vencer o conflito, acrescentando que os Estados Unidos foram fundamentais no fornecimento de armas, financiamento e ajuda para Kiev.
Na Austrália, Sanna Marin também instou os parceiros de Helsínquia a intensificar os esforços para construir capacidades de defesa.
Adiantando, mai s à frente, que a operação militar da Rússia na Ucrânia mudou o cálculo político de Helsínquia, que apresentou um pedido de adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Para o ministro das Rela
ções Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, a Europa está a correr atrás dos EUA ao apoiar a russofobia dos norte-americanos e usar a Ucrânia como instrumento na guerra contra a Rússia.
Lavrov explicou que o Ocidente está a criar linhas divisórias, que vão explicitamente contra os objectivos da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa ( OSCE), que prevê que “qualquer um deve ser ouvido” e que “nenhum país deve se sentir excluído do processo geral”.
O ministro russo voltou a acusar Washington e a OTAN de participar directamente do impasse. Ele afirmou que Moscovo “não precisa do tipo de arquitectura de segurança que os países ocidentais estão a tentar construir sem a Rússia”.